Pressão social e acadêmica sobre estudantes universitários pode levar à Síndrome Metabólica

Participe da pesquisa que busca investigar o estado de saúde e a qualidade de vida de discentes da UNIFAL-MG

Situações como elevada carga-horária de estudos, relação professor-aluno, pouco tempo de sono e descanso, maus hábitos alimentares, falta de exercício físico regular e ansiedade quanto ao desempenho acadêmico podem levar à chamada Síndrome Metabólica. Com o objetivo de investigar o estado de saúde de universitários, a Liga Acadêmica de Síndrome Metabólica (LASM) da UNIFAL-MG está realizando uma pesquisa para determinar a presença de fatores de risco associados à qualidade de vida de discentes da Universidade.

(Imagem ilustrativa: Reprodução/Canva Education)

Por meio de um formulário do Google Forms, o grupo pretende levantar informações relacionadas a critérios que envolvam a Síndrome Metabólica, bem como o hábito de vida dos estudantes, além do questionário The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36), traduzido em português brasileiro.

“Esse questionário consiste em um instrumento de avaliação genérica de saúde, abrangendo os componentes: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e avaliações de saúde mental”, explica Enzzo Gallo de Carvalho, estudante do curso de Medicina e membro da LASM.

Segundo o acadêmico, o campo universitário surgiu como um cenário propício para investigações sobre a incidência dos fatores de risco para o quadro, uma vez que é um ambiente que traz modificações importantes na vida dos jovens, o que pode ocasionar hábitos prejudiciais à saúde. “A pressão social e acadêmica sobre os alunos, muitas vezes, leva a um estilo de vida indesejável e incapaz de promover a saúde”, diz.

Ao observar o quanto os acadêmicos são vulneráveis a comportamentos que podem levar à Síndrome Metabólica, a equipe da Liga identificou a possibilidade de verificar esses fatores e como eles podem se relacionar à qualidade de vida dos universitários, já que o bem-estar físico assim como seus aspectos psicológicos estão diretamente relacionados ao seu sucesso acadêmico e ao futuro profissional.

“A investigação do estado de saúde dos universitários a partir de dados sobre a incidência da Síndrome Metabólica servirá tanto para o conhecimento do público-alvo quanto de alerta para as autoridades da saúde pública para traçar metas de tratamento e de prevenção”, afirma Enzzo Carvalho.

O acadêmico chama a atenção para a participação dos discentes. Segundo ele, quanto mais discentes participarem, mais seguros e válidos são os dados estatísticos, o que trará maior significância à pesquisa, permitindo uma avaliação mais ampla e real do quadro da Síndrome Metabólica e da qualidade de vida nos universitários.

“Como buscamos o panorama da Síndrome Metabólica, as informações coletadas também serão relevantes para os próprios discentes, no sentido de permitir uma autoavaliação em relação a seus hábitos de vida e como eles afetam sua saúde. Além disso, a pesquisa pode revelar dados que levem a ações para contribuir com a qualidade de vida, voltada às necessidades verificadas nessa população”, argumenta.

Para participar, os universitários devem acessar e responder o formulário disponível neste link.

Desdobramentos da pesquisa
(Imagem ilustrativa: Reprodução/Canva Education)

“Após a etapa de coleta dos dados, faremos a análise e daremos início à redação de artigo científico que posteriormente será submetido a revista científica de alto fator de impacto, para fomentar o conhecimento relacionado ao tema”, conta Enzzo Carvalho.

A equipe da Liga de Síndrome Metabólica também pretende desenvolver ações de conscientização e de divulgação de medidas de prevenção e de controle.

Conforme a coordenação, ao identificar os fatores que mais afetam a saúde dos universitários, pode-se buscar parcerias com outras ligas acadêmicas que envolvam os fatores investigados, como por exemplo, hipertensão, diabetes, exercício físico, aspecto emocional, na elaboração de projetos de extensão que tenham os acadêmicos como público-alvo e objetivem a redução dos danos à saúde. Além disso, a Liga terá condições de articular ações junto à Secretaria de Saúde voltadas à população jovem.

Projeto de Pesquisa e Extensão da Liga Acadêmica em Síndrome Metabólica (LASM): educação, prevalência e conhecimento

A pesquisa “Fatores associados à Síndrome Metabólica e qualidade de vida em discentes da UNIFAL-MG” faz parte do “Projeto de Pesquisa e Extensão da Liga Acadêmica em Síndrome Metabólica (LASM): educação, prevalência e conhecimento”, que visa a explorar o cenário da Síndrome Metabólica no público adulto (universitários) e no idoso.

Os coordenadores da pesquisa são os professores Eduardo de Figueiredo Peloso (Instituto de Ciências Biomédicas) e Bruno Martins Dala Paula (Faculdade de Nutrição).

Atualmente, o grupo da pesquisa é formado pelos discentes: Ana Roberta Brandão, da Nutrição; Caroline Souza, da Biomedicina; Clarissa Silvério, da Nutrição; Enzzo Gallo, da Medicina; Gustavo Pompeo, da Medicina; Larissa Milena, da Nutrição; Ingrid Oliveira, da Enfermagem; Mariana Chaves, da Nutrição; e Sara Diniz, da Nutrição.

Sobre a Liga
Primeira fileira (esquerda para direita): discentes, Ana Roberta Brandão, da Nutrição; Caroline Souza, da Biomedicina; Clarissa Silvério, da Nutrição; Enzzo Gallo, da Medicina; Gustavo Pompeo, da Medicina. Segunda fileira: discentes Larissa Milena, da Nutrição; Ingrid Oliveira, da Enfermagem; Mariana Chaves, da Nutrição; e Sara Diniz, da Nutrição. Terceira fileira: coordenadores Prof. Bruno Martins Dala Paula e Prof. Eduardo de Figueiredo Peloso. (Imagem: Arquivo/LASM)

A Liga Acadêmica em Síndrome Metabólica (LASM) tem por finalidade difundir o conhecimento acerca da Síndrome Metabólica, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Visa também contribuir na formação e no conhecimento de toda a população.

Além do projeto de pesquisa, o grupo desenvolve ações como eventos e divulgação de conteúdo de promoção à saúde no perfil @lasm_unifal no Instagram. Entre os eventos já realizados, o grupo promoveu o 1º Simpósio Interdisciplinar da Liga Acadêmica em Síndrome Metabólica da UNIFAL-MG, em maio de 2022, um evento on-line e gratuito, que contou com a presença de diferentes profissionais da área da saúde, trazendo diversos aspectos e abordagens da Síndrome Metabólica.

Os acadêmicos também realizaram a 1ª Feira em Síndrome Metabólica, em outubro de 2022, um evento aberto ao público no hall do prédio V na Sede da Universidade, oportunidade em que estudantes de diferentes cursos de graduação puderam aprender mais sobre a Síndrome Metabólica e condições associadas.

Siga o perfil do grupo para conferir as postagens: @lasm_unifal