Exposição permanente “Recortes da EFOA à UNIFAL-MG” é aberta para visitação pública

Mostra faz parte das comemorações dos 110 anos de história da Instituição e resgata imagens e objetos que relembram a trajetória da Universidade até os dias atuais

Está aberta para visitação pública a exposição permanente “Recortes da EFOA à UNIFAL-MG” no Museu da Memória e Patrimônio da Universidade. A mostra faz parte da programação dos 110 anos da Instituição e resgata imagens e objetos que relembram a trajetória da Universidade desde a sua fundação em 1914, como Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA).

Membros da comunidade interna e externa se reuniram para prestigiar a abertura da exposição no dia 4 de abril. (Foto: Dicom/UNIFAL-MG)

A abertura aconteceu no dia 4 de abril, na entrada do simbólico prédio A, na Praça Dr. Emílio da Silveira, prédio que abrigou as instalações da então EFOA. Atualmente, o local abriga o Museu da Memória e Patrimônio, e também a Fundação de Apoio à Cultura, Ensino, Pesquisa e Extensão de Alfenas – FACEPE. O momento foi abrilhantado pela apresentação cultural da Orquestra Popular da UNIFAL-MG.

Durante a cerimônia de inauguração da mostra, Eduardo Tardiole, presidente da FACEPE, falou da importância do museu para a história e para a cultura de Alfenas e região, e anunciou a revitalização da fachada do prédio programada ainda para 2024. Na oportunidade, reforçou a necessidade de parcerias, como a da prefeitura para a manutenção do museu e lançou o projeto “Amigos do Museu”, cujo objetivo é buscar apoio de pessoas físicas e jurídicas por meio de doações.

Carlos Santiago, o primeiro cidadão a fazer uma doação para o projeto “Amigos do Museu. (Foto: Dicom/UNIFAL-MG)

Todos os presentes foram surpreendidos pelo gesto de Carlos Santiago, um cidadão em condição de pessoas em situação de rua, que estando entre os participantes da cerimônia, espontaneamente realizou a primeira doação ao projeto Amigos do Museu. “Que esse gesto sirva de exemplo para todos nós”, disse o chefe de gabinete da Prefeitura de Alfenas, Gilberto França, na ocasião.

Na cerimônia, a professora Andréa Mollica do Amarante Paffaro, diretora do Museu da Memória e Patrimônio, e responsável pela coordenação Sistema de Museus, Arquivos Históricos e/ou Centros de Documentação, explicou que a exposição marca os 110 anos da Instituição, uma vez que busca recordar a história de fundação. “A história da UNIFAL-MG se mescla com a história do município de Alfenas. O município tinha 54 anos quando o professor Leão de Faria conseguiu montar a Escola de Farmácia e Odontologia”, disse.

Conforme a diretora, a exposição foi nomeada de “Recortes da EFOA à UNIFAL-MG” porque procura reconstituir a trajetória da Universidade ao mesmo tempo em que pretende construir memórias para o futuro. “Foi um trabalho de muitas mãos para restaurar, inventariar, para escolher cada uma dessas peças”, compartilhou. “Nós temos que ter fragmentos dessa história para recordar e ao mesmo tempo em que foi uma felicidade muito grande cada descoberta, a gente sentiu o quanto cada um de nós tem a contar ainda, porque a história da UNIFAL-MG se mescla com a história do município e com cada um de nós”, destacou.

Profa. Andréa Paffaro – diretora do museu durante a cerimônia. (Foto: Dico

A mostra reúne imagens e objetos de ciência e tecnologia. “Daqui para frente cabe a cada um de nós abraçar isso e passar a preservar um pouquinho do nosso patrimônio também para que as próximas gerações possam complementar essa história”, frisou.

O chefe de gabinete da Prefeitura de Alfenas, Gilberto França, representando o prefeito Fábio Marques Florêncio na solenidade, sinalizou a colaboração da Administração Municipal para com o museu, colocando-se à disposição para contribuir.

Encerrando os pronunciamentos, o reitor, o professor Sandro Amadeu Cerveira, citou o filósofo francês André Comte-Sponville, para falar de gratidão. “Quando nós estamos em um determinado lugar, vivendo alguma experiência e alcançando alguma vitória, às vezes nós ficamos cheios de si, mas na verdade nós precisamos lembrar que nós não somos a causa de nós mesmos e aquilo que nós estamos fazendo só é possível, porque outros fizeram antes de nós”, discursou.

Prof. Sandro Cerveira – reitor da UNIFAL-MG. (Foto: Dicom/UNIFAL-MG)

Com essas palavras, o reitor homenageou as gerações de gestores, professores e técnicos na pessoa do professor Paulo Márcio de Faria e Silva, que foi reitor nos mandatos de 2010 a 2014 e de 2014 a 2018. “Receba nossa gratidão sincera, professor”, disse, ao se dirigir ao professor Paulo Márcio de Faria e Silva. “O Paulo Márcio, juntamente ao professor Tonhão, foi responsável enquanto gestor, justamente pela transição do momento em que a EFOA vira Universidade Federal de Alfenas”, destacou.

O professor Sandro Cerveira também reconheceu o trabalho feito pela equipe do Museu da Memória e Patrimônio. Ao ressaltar o trabalho conduzido pela professora Andréa Paffaro, o reitor direcionou à diretora do museu, as seguintes palavras: “Nós temos algo muito especial aqui e você com a sua liderança, com seu carinho, com a sua dedicação, é a pessoa que representa bem toda a equipe e todas as pessoas que construíram esse momento. Então em nome da nossa comunidade quero dedicar a você a nossa gratidão.”

A exposição “Recortes da EFOA à UNIFAL-MG” está aberta para visitação pública das 7h às 11h e das 13h às 17h. Visitações para grupos (escolares ou não) podem ser agendadas pelo e-mail mmp@unifal-mg.edu.br, para qualquer uma das exposições/espaços como o projeto Macrocélula, o Museu de História Natural e a exposição recém-inaugurada.

Neste final de semana, dias 13 e 14 de abril, o museu realizará mais uma edição de “Uma Noite no Museu” e “O Museu e a Feira”. No sábado (13), o museu abrirá para visitação, das 18h às 21h, e contará com a palestra “Contribuições dos povos indígenas para o pensamento histórico e para as políticas de patrimônio”, a ser ministrada pelo professor Walter Francisco Figueiredo Lowande, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).

No domingo (14), das 9h às 12h, a programação prevê a visitação às exposições e a “Oficina com sementes de Juerana”, a ser conduzida pela discente do curso de Pedagogia, Kwana Pataxó. A entrada é gratuita para toda a comunidade interessada em prestigiar as exposições e participar das atividades relacionadas a temática indígena.

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