Discentes e docentes da UNIFAL-MG participaram do encontro do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas, que ocorreu no dia 12 de abril, no IFSULDEMINAS – Campus Machado. O objetivo do encontro foi refletir sobre a atuação e os desafios da articulação política e planejar ações coletivas para o ano de 2024 voltadas ao fortalecimento da agroecologia no território.
Conforme informado pela organização, o encontro aconteceu durante o Abril Vermelho – data criada pela imprensa ao se referir às atividades pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – e se constituiu também como um espaço de reafirmação da centralidade da luta pela terra e da importância da atuação do MST na defesa da Reforma Agrária Popular
Estiveram presentes no evento cerca de 50 pessoas, entre representantes de cooperativas e associações de agricultoras/es, sindicatos, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e instituições de ensino que integram a Coordenação Ampliada do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas.
Na oportunidade, a UNIFAL-MG foi representada pelos docentes Adriano Pereira Santos, do Instituto de Ciências Humanas e Letras; Tati Ishikawa, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas; e Everton Rodrigues da Silva, do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Construção do Conhecimento Agroecológico, Comunicação e Mobilização foram os eixos de atuação do Polo Agroecológico que guiaram a reflexão e o planejamento das ações.
Entre as necessidades que apareceram no diálogo estão o combate ao trabalho análogo à escravidão e ao êxodo rural de jovens, a promoção do bem viver de agricultoras/es e camponesas/es, e o investimento em bioinsumos, em mecanização e em energias renováveis, segundo os organizadores.
De acordo com a comunicadora e integrante do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas e da Rede Latino-Americana de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas, Tatiana Plens, apareceram, ainda, na discussão pontos importantes para a construção de ações coletivas, o fortalecimento da comunicação popular e a valorização da cultura, das narrativas e das vozes das pessoas que constroem a agroecologia na região.
“A apresentação das demandas do movimento agroecológico para as candidatas e candidatos às eleições municipais de 2024 foi apontada como uma atividade a ser mobilizada pelas organizações”, afirma a comunicadora.
“O Polo está começando a deixar de ser um lago onde as experiências escoam para se tornar uma fonte”, ressaltou Caio Tatamiya, integrante da Associação de Produtores de Agricultura Natural de Maria da Fé (Apanfé) e da Central das Associações de Produtores Orgânicos do Sul de Minas Gerais (Orgânicos Sul de Minas), durante o encontro.
**Este texto foi escrito em conjunto com Tatiana Plens, da Assessoria de Comunicação do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas.
(fotos: Assessoria de Comunicação do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas)