Em sessão dupla de cinema, o Cineclube UNIFAL-MG exibirá os filmes “Manifesto” e “Viva”

Em parceria com a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace), com o Coletivo de Direitos Humanos, Cinema e Afetos (DiHCA) e com a Semana da Diversidade de Alfenas (MGA), o Cineclube UNIFAL-MG realizará uma Sessão Dupla de Cinema na próxima terça-feira, dia 25 de junho. A exibição dos filmes será aberta ao público acadêmico e externo e acontecerá no auditório Leão de Faria às 17h (1ª exibição) e às 19h (2ª exibição).

Na oportunidade, serão apresentados os filmes “Manifesto” e “Viva”. Confira a sinopse de cada um:

Manifesto

Cate Blanchett, atriz australiana, vencedora de estatuetas do Oscar, Globo de Ouro e Bafta, abraça sem receio treze distintos personagens de “Manifesto”, um longa que corresponde a uma adaptação da instalação artística do alemão Julian Rosefeldt, que também assina a direção do filme. Na exposição, treze vídeos, com dezenas de manifestos costurados entre si, são dispostos simultaneamente com a leitura da atriz, que declama com o olhar direcionado para a câmera e faz as vezes do público, a começar pelo Manifesto Comunista, lançado em 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels. No figurino e barba de um mendigo, em meio a ruínas, a atriz declara com furor o texto que contém a frase “tudo o que é sólido se desmancha no ar”, depois apropriada pelo escritor americano Marshall Berman. Falas de movimentos artísticos, como a Pop Art, Fluxus e Dadá, regras cinematográficas do Dogma 95, de Lars von Trier, e pensamentos do cineasta Jim Jarmusch são encenados pela atriz em distintas cascas, cenários, sotaques e entonações. “Manifesto” reúne diferentes declarações históricas de movimentos artísticos que, embora existam com alguns trechos causados por monólogos longos em narração, superam-se quando Cate Blanchett toma a tela e dá corpo e movimento aos textos; por exemplo, da calmaria de uma mãe durante uma prece na hora do jantar até a fúria de uma viúva em um funeral, para em seguida assumir uma postura de âncora de jornal de TV e culminar em uma atenciosa professora de escola primária. Algumas cenas são hilárias, outras desconfortáveis. O filme, de 2015, que saiu das galerias para chegar às telas, é absurdamente atual. Com textos apanhados principalmente no século XX, a obra reflete sobre a função e importância da arte e as crises da sociedade, refletidas em manifestações artísticas aliadas a pensamentos políticos ou filosofias niilistas. Em tempos de cacofonia na internet, é válido dar atenção ao belo e ao desagradável que a produção tem a oferecer.

Viva

O jovem cubano Jesus (Héctor Medina) é um garoto cubano de 18 anos tentando descobrir sua identidade sem saber o que esperar de seu futuro. Enquanto isso, ele trabalha como maquiador em um clube de Drag Queens em Havana, mas sonha em estar no palco e em ser um performer. Quando chega a sua vez de brilhar, ele é agredido pelo pai, um ex-boxeador que ficou preso por 15 anos e não participou da criação dos filhos. Após o episódio, a convivência entre os dois fica mais difícil ainda, mas eles lutam para entender um ao outro. Dirigido pelo cineasta irlandês Paddy Breathnach, o projeto conta com atuações inspiradas, principalmente de seu protagonista, interpretado pelo jovem ator cubano Héctor Medina. “Viva” é um daqueles filmes que vão fisgando nossa atenção aos poucos e que no final nos brinda com uma linda lição de vida e busca pelo sonho.

Sobre o projeto

O Cineclube integra o programa Civitas – Teorias e Práticas do Literário, que está vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNIFAL-MG. Com o objetivo de desenvolver o princípio universal de formação integral do cidadão por meio do cinema e da sua inclusão em processos imagéticos de leitura e letramento audiovisual, educação e cultura, o projeto promove a apresentação de produções cinematográficas gratuitamente.

Em 2019, o Cineclube já exibiu filmes renomados e, inclusive, ganhadores do Oscar, como “Roma” e “Nasce Uma Estrela”. Participe!

*Milena Favalli Simão é estagiária da Diretoria de Comunicação Social da UNIFAL-MG