Conferência sobre a temática “indústria 4.0” abre Semana da Química na UNIFAL-MG; em sua 7ª edição, evento dá visibilidade para as interatividades da área

Estudantes e docentes que prestigiaram a abertura da 7ª Semana da Química, realizada na noite desta quarta-feira, 25/09, tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o conceito “indústria 4.0”, tema abordado pelo professor Adriano Aguiar Mendes, engenheiro químico, atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da UNIFAL-MG.

Para abrir a Semana, a comissão organizadora contou com o apoio do servidor aposentado da Instituição, Sebastião Meira, que conduziu as atividades da noite. A apresentação do conferencista foi feita pela professora Joelise de Alencar Figueira Angelotti, integrante da comissão organizadora, que destacou em sua fala: “Vivemos num contexto, onde o volume de informações e a maneira como elas são comunicadas se alteram continuamente. Então o nosso objetivo com esse evento é demonstrar a interação do universo da química com a sociedade atual e sua inserção em diferentes áreas do saber.”

Em nome da organização, a docente deu as boas-vindas ao evento, agradecendo a presença do reitor, Prof. Sandro Amadeu Cerveira; de Maria de Los Angeles de Castro Ballesteros, representanto a Pró-Reitoria de Extensão (Proex); da vice-diretora do Instituto de Química e coordenadora do curso de Química-Licenciatura, Profa. Cláudia Torres; do coordenador do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ), Prof. Antonio Carlos Doriguetto, e do coordenador do curso de Química – Bacharelado, Prof. Pedro Orival Luccas.

A 4ª Revolução Industrial

“Foi de suma importância essa tecnologia cibernética que mescla homem e máquina, chamada fabricação inteligente”, afirma Prof. Adriano (Foto: Dicom/UNIFAL-MG)

Apresentando domínio na arte de se expressar bem e no conteúdo compartilhado com o público no auditório, Prof. Adriano ministrou a palestra “Novos conceitos na relação homem e máquina: indústria 4.0”, anunciando logo no início ser este um tema de grande relevância na atualidade, sobre o qual tem se interessado e dedicado estudar.

Segundo o palestrante, “indústria 4.0” refere-se à 4ª fase da Revolução Industrial, mais precisamente, à aplicação das novas tecnologias, criadas nos últimos anos, para facilitar processos industriais. “O que vem a ser isso? Qual é o papel do químico dentro dessa nova fase da indústria da transformação?”, indaga, explicando o objetivo da palestra.

Em sua apresentação, o ministrante traçou uma linha do tempo para mostrar o quanto o mundo se transformou desde a Revolução Industrial na Inglaterra, na segunda metade de do século XVIII, até dias atuais.

Ao ilustrar a temática usando ideias futuristas que até a década de 1970 eram divulgadas em gibis e desenhos animados, Prof. Adriano ressaltou: “Num espaço de tempo relativamente curto, tudo isso era uma coisa utópica, um sonho e, hoje, se tornou realidade.”

Conforme o pesquisador, a 4ª fase da Revolução Industrial teve início na Alemanha no ano de 2010, complementando a fase de transformação, que se deu no momento em que a eletrônica apareceu como verdadeira modernização da indústria, e o homem passou a contar com outros componentes, como robôs, por exemplo. Na 4ª fase, a automação passou a ser utilizada, junto à internet, para obter compostos de interesse industrial. Prof. Adriano chama a atenção para a 4ª fase, enfatizando que é nela que encontramos a maior interação entre os produtos originados na 3ª fase e os humanos. “Foi de suma importância essa tecnologia cibernética que mescla homem e máquina, chamada fabricação inteligente”, afirmou, frisando que a interação do homem com as novas tecnologias tem garantido o bem-estar das pessoas.

Prof. Adriano também usou diversos exemplos de empresa da atualidade, para demonstrar a importância da tecnologia e da inovação na rotina industrial, bem como os impactos da otimização dos processos na atuação de profissionais como químicos. De acordo com o palestrante, há necessidade que os profissionais saiam da zona de conforto, inclusive os próprios químicos, e se qualifiquem para terem maior produtividade e serem mais competitivos.

Programação da Semana da Química

Convidada da UFLA, professora Luciana Lopes Silva Pereira apresenta o tema “A química da morte” durante a Semana da Química (Foto: Dicom/UNIFAL-MG)

Oficina, minicursos, palestras e mesas-redondas integram a programação da 7ª edição da Semana da Química, que reúne pesquisadores e profissionais da UFLA, UFMG, Unifenas, ABIQUIM, Polícia Civil, CRQ-MG e outras instituições. Na manhã desta quinta-feira, 26/09, os participantes prestigiaram as palestras: “Abordagem metabolômicana busca de novos biomarcadores” ministrada pela professora Brenda Lee Simas Porto, da UFMG; “A química da morte” que foi proferida pela professora Luciana Lopes Silva Pereira da UFLA, e a palestra “Cinema de terror, química de moléculas da bruxaria”, ministrada pelo professor Sergio Sherrer Thomasi, também da UFLA.

A 7ª Semana da Química se encerra na noite desta sexta-feira, 27/09.

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Fotos: Dicom/UNIFAL-MG