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Grupo de pesquisadores monitora a circulação de SARS-CoV-2 no sul de Minas por meio de testes sorológicos e moleculares; rastreamento envolve ambientes hospitalares, campi da UNIFAL-MG e outros locais públicos de grande circulação

Como o novo coronavírus circula na região sul de Minas? Para ajudar a responder a essa pergunta, um grupo de pesquisadores da UNIFAL-MG realiza testes sorológicos e moleculares que buscam monitorar a circulação do SARS-CoV-2 e a imunidade a esse vírus na população sul-mineira.

Sob a coordenação do professor Luiz Felipe Leomil Coelho, do Laboratório de Vacinas/Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade, a ação envolve a detecção de anticorpos contra o vírus em três grupos diferentes. “O primeiro grupo consiste em pacientes com síndromes gripais e síndrome respiratória aguda grave, atendidos em hospitais das cidades de Alfenas, Poços de Caldas e Varginha. O segundo é representado pelos profissionais de saúde envolvidos diretamente e indiretamente em ações de enfrentamento à Covid-19 desses hospitais. O terceiro grupo amostral consiste em discentes, docentes, técnicos administrativos e colaboradores da UNIFAL-MG”, conta o coordenador.

De acordo com Prof. Luiz Felipe, o projeto foi proposto tendo em vista que realizar testes sorológicos, que abrangem de forma sistemática a população exposta à infeção pelo vírus SARS-CoV-2 em uma determinada região, facilita o conhecimento sobre a circulação do vírus. “As evidências científicas mostram que é preciso monitorar a circulação do vírus em uma determinada população, incluindo nesse monitoramento os indivíduos com a doença detectável – os quais representam somente uma fração da população infectada -, e os assintomáticos – os quais são a maioria dos indivíduos infectados pelo vírus”, explica.

O trabalho teve início há dois meses, quando a equipe responsável desenvolveu uma padronização dos testes sorológicos para a detecção contra o novo coronavírus. Neste período, foram realizados alguns testes em servidores e colaboradores da UNIFAL-MG e, conforme, Prof. Luiz Felipe, o projeto se encontra em fase de aquisição de materiais para ampliar a testagem. “A previsão é que em setembro, iniciaremos os testes sorológicos e moleculares nas três cidades do sul de Minas: Alfenas, Poços de Caldas e Varginha”, afirma.

A contribuição desse projeto para o enfrentamento à Covid, segundo Prof. Luiz Felipe, será crucial para entender o risco de infecção na população monitorada, o que vai auxiliar inclusive gestores de saúde.

“Sabe-se que o SARS-CoV-2 permanece viável em diferentes tipos de superfícies, tais como metal e plástico por até 72 horas. Considerando essa característica do vírus, iremos realizar testes moleculares para a detecção do vírus em áreas públicas, tais como praças e outros pontos de alta circulação de pessoas, como rodoviárias, bancos etc. As informações geradas serão fundamentais para entender o risco de infecção na população nesses ambientes. Portanto, os resultados gerados poderão ser utilizados pelos gerentes de saúde para controlar os movimentos populacionais nessas áreas, bem como estabelecer medidas efetivas de desinfecção ambiental”, comenta.

O projeto conta com a UFMG como parceira, a qual fornece alguns insumos para a  execução dos testes sorológicos e moleculares. A colaboração é baseada também na discussão dos protocolos experimentais e dos resultados obtidos.

Prof. Luiz Felipe Leomil Coelho e Prof. Luiz Cosme Cotta Malaquias (Departamento de Microbiologia e Imunologia); Prof. Denismar Alves Nogueira (Departamento de Estatística) e Profa. Mariana Araújo Vieira do Carmo (Faculdade de Nutrição). (Foto: Reprodução/Arquivo dos Pesquisadores)

Participam da ação, os pesquisadores: Luiz Felipe Leomil Coelho e Luiz Cosme Cotta Malaquias (Departamento de Microbiologia e Imunologia); Denismar Alves Nogueira (Departamento de Estatística) e Mariana Araújo Vieira do Carmo (Faculdade de Nutrição). O projeto tem a colaboração da equipe do Laboratório de Análises Clínicas (LACEN) da Universidade. Em breve, dois alunos de Iniciação Científica serão também envolvidos nos trabalhos.

A previsão é que o rastreamento seja realizado até julho de 2021.