“As vacinas não são a garantia absoluta de que a pessoa não possa transmitir o vírus”, alertou epidemiologista da UNIFAL-MG em jornal regional

O que esperar de 2021? O Jornal da EPTV – 1ª Edição, do dia 25/12/2020, apresentou projeções da pandemia para 2021 a partir do ponto de vista de médicos e especialistas. Um dos depoimentos exibidos pelo jornal foi o do professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, epidemiologista da UNIFAL-MG, vinculado à Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade.

Segundo o especialista, atualmente, a pandemia está no mesmo estágio na maioria dos lugares e continua crescendo, o que pode a sobrecarregar a demanda do sistema de saúde e causar um colapso no início de 2021 se considerarmos os descuidos no final do ano.

Prof. Sinézio destacou dois outros fatores que podemos esperar para o ano de 2021: a mutação do vírus e as vacinas. “As mudanças que o vírus sofre ao longo do tempo, de modo geral, não significam que o vírus vai provocar sintomas e doença mais grave do que já tem sido. O que está sendo observado é que o vírus transmite com mais facilidade, podendo, no entanto, provocar mais casos a cada dia ou semana em relação ao que era antes, e levando proporcionalmente ao maior número de internações e mortes ao mesmo tempo”, afirmou.

O epidemiologista reforça que as vacinas são a grande esperança para 2021, porém, isto não significa que a população possa relaxar no uso das medidas de prevenção. “As vacinas não são a garantia absoluta de que a pessoa não possa transmitir o vírus”, alertou, lembrando que a eficácia das vacinas tem sido de 50 a 94%. “Dias melhores virão, mas desde que nós comecemos o mais cedo possível e organizadamente a vacinação e continuemos com as medidas de prevenção”, concluiu.

Confira na íntegra o depoimento do Prof. Sinézio e de outros especialistas:

Vídeo também disponível em https://globoplay.globo.com/v/9129655/