Fórum de reitoras e reitores das instituições de ensino superior de Minas Gerais se manifesta diante de mais cortes no orçamento das universidades federais; redução orçamentária ameaça o funcionamento das instituições

Diante da sinalização de mais um corte no orçamento das universidades pelo Governo Federal, o Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (Foripes) emitiu na quinta-feira, 18/03, uma manifestação sobre esse ato governamental. Na nota oficial, as reitoras e os reitores ressaltam que os cortes “[…] constituem mais um grave ataque ao Ensino Superior, com prejuízos irreversíveis para o país”.

Conforme o documento, os cortes no orçamento chegam a 16,5%. Dos 1/18 avos da verba de custeio prevista, as instituições têm recebido, efetivamente, a metade do valor e ocorrem variações entre as universidades. “É fundamental, neste momento, que todas e todos e, principalmente, os parlamentares mineiros e de todos os estados, se mobilizem no sentido de garantir uma recomposição integral do orçamento das Instituições e não apenas a reversão do corte feito […]”.

O reitor da UNIFAL-MG, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, é o atual presidente do Foripes. (Foto: Divulgação/UNIFAL-MG)

O Foripes destaca que os cortes orçamentários sofridos nos últimos anos têm impactado no funcionamento das instituições. O Fórum ressaltou os esforços institucionais para manutenção das atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão universitária durante a pandemia de Covid-19. “Além disso, as Instituições têm desenvolvido diversas ações de enfrentamento à pandemia por meio de pesquisas, diagnósticos, ações de prevenção e tratamento, além de ações extensionistas de suporte à comunidade, contribuindo de forma ampla neste momento tão delicado”, consta no documento.

De acordo com o presidente do Foripes e reitor da UNIFAL-MG, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, as reitoras e reitores das instituições mineiras e do Brasil têm se dedicado com muita responsabilidade e seriedade na gestão dos recursos. Segundo ele, as Instituições Públicas de Ensino Superior estão  “no limite”.

“Sem uma compreensão genuína dos governos e dos parlamentares de que as instituições de ensino superior não são um gasto, mas um investimento estratégico que gera retorno potente, inclusive economicamente, para toda a sociedade; nós veremos o presente e o futuro do país, em termos de educação e tecnologia, ruir de forma irreversível”, concluiu o presidente do Fórum.

A manifestação completa do Foripes pode ser acessada em: Nota Oficial 18/03/2021.

Sobre o Foripes

O Fórum de Dirigentes de Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes) foi criado em 2003 e hoje é composto por dirigentes de 19 instituições. Integram o fórum:  Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet–MG); Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG); Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG); Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IFSudesteMG); Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS); Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM); Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG); Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes); Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG); Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI); Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); Universidade Federal de Lavras (UFLA); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ); Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

Além do professor Sandro Amadeu Cerveira, a atual direção é composta pela professora Lavínia Rosa Rodrigues, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e pelo professor Marcelo Bregagnoli, do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS).