A edição desta semana destaca que ainda faltando dois dias para o término da Onda Roxa, observa–se uma melhora no quadro epidemiológico de novos casos no sul de Minas.
Tendência de diminuição de incidência e crescimento de mortes e internações: em 12/04/2021, observa–se tendência de diminuição de incidência, mas ainda crescimento de mortes e de internações. Até agora, abril parece ser o pior mês em mortalidade na região.
Recorde média semanal de mortes: no dia 11/04 foi registrado o recorde de média semanal de mortes com 45 óbitos diários e no dia seguinte registrou–se uma média de 42 óbitos por dia na semana. Esse número representa um aumento de 72% nas mortes normalmente registradas na região diariamente. É um fato inédito e configura uma tragédia sanitária nunca vista no histórico de registro de mortalidade na região sul-mineira.
Situação no estado de Minas Gerais: o estado de Minas Gerais, embora ainda permanecendo com tendência de estabilidade no número de casos, apresentou um crescimento de 26% de sua média semanal do dia 05 para o dia 12 de abril, indo de 7.907 para 9.946. Além disso, a tendência de estabilidade em internações, que havia uma semana antes, se reverteu para crescimento no último dia 12, tendência ainda também crescente no número de mortes.
Efeitos da Onda Roxa nas regiões do estado: no primeiro dia da Onda Roxa, 12 das 14 regiões de Minas Gerais estavam com tendência de crescimento de casos novos, no dia 12 de abril esse total baixou para 2. Apenas 3 municípios, dos dez mais populosos do sul de Minas, apresentam tendência de alta em casos novos: Pouso Alegre, Passos e Três Pontas. Mas, é Pouso Alegre que vive a pior situação entre os maiores do sul de Minas, porque é o único que apresenta simultaneamente tendência de crescimento de casos, internações e óbitos. Para a cidade, projeta–se nos próximos dez dias uma demanda aproximada de 103 internações e um aumento de 30 mortes para o início de maio.
Mortalidade: em mortalidade, a situação melhorou em Passos, Itajubá e Alfenas, indo de crescimento para diminuição e em Varginha passando de crescimento para estabilidade. Apesar disso, em Itajubá, se considerado o grande crescimento nas internações é de se supor um significativo aumento de mortes e possível reversão da tendência de diminuição da mortalidade.
Cobertura vacinal: a região sul atingiu uma cobertura vacinal dos idosos com 80 anos ou mais de 96% e 57%, respectivamente, de primeira e segunda dose. Na faixa de 75 a 79 anos, 90% das pessoas foram vacinadas com a primeira dose na região e na faixa de 70 a 74, 83%. Entre os dez maiores municípios em população destaque positivo para Pouso Alegre que se sobressaiu em cobertura com primeira e segunda dose nas faixas etárias prioritárias. E destaque negativo para Alfenas que registra apenas 63% e 24% de cobertura com primeira e segunda dose, respectivamente. Acesse na íntegra