Pela segunda vez, o curso de Engenharia Ambiental da UNIFAL-MG conquista nota máxima no Enade; na visão dos estudantes, didática docente favorece o aprendizado e o excelente desempenho no exame

O curso de Engenharia Ambiental da UNIFAL-MG, oferecido no campus Poços de Caldas, foi avaliado com nota máxima no conceito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019. Esta é a segunda vez que o curso conquista a nota (5) no exame. A divulgação do resultado foi feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do MEC, no final de outubro, conforme noticiado pelo Portal da UNIFAL-MG.

Aplicabilidade do curso é vivido na prática pelos estudantes do curso em atividades de campo. (Foto: arquivo da coordenação)

Para o professor Rafael Brito de Moura, coordenador do curso, o excelente desempenho se deve ao que ele chama de “três grandes pilares da Engenharia Ambiental”. Primeiro, ele aponta os discentes, que após finalizarem o ciclo de formação, ainda no Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BCT), escolhem fazer Engenharia Ambiental. “É impressionante ver o amor que nossos discentes têm pelo curso. O comprometimento dos alunos com as disciplinas, o respeito com os professores, a participação nas aulas teóricas e práticas, entre outros, são ações que eu tenho certeza que fazem toda a diferença no curso”, afirmou.

A contribuição dos técnicos administrativos no desenvolvimento das atividades do curso é outro pilar mencionado pelo coordenador. “Durante todo o período que estou na coordenação do curso, sempre tive todo o suporte necessário dos técnicos para desenvolver as ações do curso. Isso se aplica a todos os técnicos da UNIFAL-MG, uma vez que um curso de graduação não acontece sem uma equipe técnica qualificada e comprometida”, diz.

Prof. Rafael pontua a atuação também dos docentes tanto no primeiro ciclo de formação dos discentes quanto diretamente na Engenharia Ambiental: “No nosso curso, eu tenho a sensação de que estamos todos em um barco, remando para uma mesma direção e sentido. E esta direção e sentido é a busca pela excelência.”

O coordenador ressalta ainda a qualificação dos docentes e o trabalho do núcleo de docentes especialistas. “Os docentes especialistas atuam em suas respectivas áreas de conhecimento e isso faz com que todo o processo de ensino/aprendizagem seja otimizado. Sinto também esse amor dos docentes pelo curso. E isso faz toda a diferença.”

Na opinião do reitor, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, o resultado da Engenharia Ambiental no Enade é de fato uma consequência do empenho de todos os envolvidos no funcionamento do curso; empenho este, que pode ser observado nas diversas atividades pedagógicas tão bem reconhecidas pelo MEC, por meio de avaliações como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. “A vitória, pela segunda vez consecutiva do nosso curso de Engenharia Ambiental que acontece no nosso campus de Poços de Caldas, é um sucesso resultante da dedicação dos docentes, discentes e técnicos – incluído aqui o inestimável trabalho dos colegas terceirizados -, aliado à gestão responsável do curso, da unidade, do campus e da Universidade. Uma vitória de todos e todas”, enfatiza.

Para Tainara Naves Piva, discente que participou do Enade 2019, a proximidade estabelecida entre docentes, técnicos e discentes “é um grande mérito” que contribuiu para o desempenho no exame.
(Foto: arquivo pessoal da discente)

A relação estabelecida entre docentes, técnicos e discentes chama a atenção da acadêmica Tainara Naves Piva, que participou do Enade 2019. Segundo ela, o mérito do ótimo desempenho no Enade é fruto do trabalho coletivo desenvolvido pela “equipe” do curso. “Os professores da Ambiental são incríveis, muito competentes e atenciosos. Não só os professores, mas todos os técnicos e pessoal que presta apoio ali também. Eles estabeleceram uma proximidade muito grande conosco e isso é um grande mérito que faz com que nós gostemos mais do curso, sejamos apaixonados pelo que fazemos e tenhamos gratidão pela oportunidade”, salienta a estudante.

Essa característica da didática do corpo docente e técnico, que busca se aproximar da realidade dos discentes a fim de contribuir para o melhor aprendizado, também é apontada pelo acadêmico Rafael Trevisan.

Participante do Enade 2019, Rafael acredita que o relacionamento estabelecido com os professores é um diferencial do curso. “Acho que um dos maiores diferenciais é o diálogo aberto entre os discentes e docentes, de forma que a aprendizagem se torna natural, com os professores compartilhando sua experiência e os alunos indagando e gerando discussões excelentes sobre os assuntos. Além dos esforços dos professores de mostrar a prática, com diversas visitas e atividades em campo”, diz, enfatizando que de forma alguma essa constatação tira a importância da dedicação dos alunos, que devem se esforçar muito para atender as expectativas dos professores nos projetos e avaliações.

“O resultado no Enade nada mais é que um reflexo de todo trabalho e dedicação dos envolvidos no curso”, opina o discente.

 

Dinâmica pedagógica e infraestrutura institucional

Equipe ambiental da UNIFAL-MG, formada por professores e acadêmicos. (Foto: arquivo da coordenação do curso)

De acordo com o coordenador, o curso passou por uma reestruturação em 2015, oportunidade em que o Núcleo Docente Estruturante (NDE) definiu um único objetivo: formar o melhor engenheiro ambiental do país.

Para isso, o grupo passou a analisar os melhores cursos de Engenharia Ambiental, as experiências dos docentes e as contribuições originadas da troca de experiências com colegas da área. “A ideia era construir o curso de excelência tanto na formação acadêmica quanto na preparação dos discentes para o mercado da Engenharia Ambiental”, conta.

O coordenador comenta o empenho do Núcleo na avaliação de diversas dinâmicas curriculares a fim de melhorar a formação dos acadêmicos. “Nós tínhamos em mente que um bom resultado nos Enades seria apenas consequência de uma formação boa dos nossos discentes. O mercado exige profissionais qualificados e sempre foi o que buscamos no curso, uma dinâmica curricular de muita qualidade”, afirmou.

Discentes em atividade de simulação prática da profissão de engenheiro ambiental. (Foto: arquivo da coordenação do curso)

A Engenharia Ambiental da UNIFAL-MG passou de uma carga horária mínima obrigatória de 3.600 horas para 4.271 horas, o que aumentou praticamente dois semestres a mais de 360 horas. Diversas unidades curriculares novas foram criadas, algumas tiveram a carga horária aumentada e outras diminuídas.

Uma dificuldade que foi preponderante na mudança de Projeto Pedagógico, de acordo com o coordenador, foi incluir as disciplinas específicas da área Ambiental de forma muito prática, com atividades de projetos que simulam as atuações dos discentes como engenheiros, sem perder a importante e robusta formação teórica necessária. “Este equilíbrio entre o prático e o teórico, o projeto de mercado e a formação acadêmica, é muito importante e isso é o nosso objetivo de evolução continua”, reforça.

Ao falar sobre a infraestrutura, Prof. Rafael Moura apontou que a própria Universidade sempre proporcionou uma estrutura adequada para oferecer um curso de qualidade. “Este fator nunca foi limitante para a formação do nosso engenheiro ambiental. Quando não temos como demonstrar algum conteúdo com as estruturas da UNIFAL-MG, realizamos visitas técnicas e criamos parcerias com empresas e outros órgãos”, frisou.

 

Significado do conceito máximo no Enade e desafios para manter a qualidade da Engenharia Ambiental

Turma em aprendizado durante atividade de campo. (Foto: arquivo da coordenação do curso)

As coordenações de curso que já passaram pela Ambiental nunca tiveram essa preocupação com o conceito Enade. Sabemos da importância deste conceito, mas sempre buscamos uma formação de excelência dos nossos discentes”, comenta o coordenador.

Segundo o professor, um grande desafio que ele acredita que o curso deverá enfrentar futuramente é em relação à redução de verbas para manter todas as atividades.

“Temos muitas atividades práticas, que envolvem custos com transportes para atividades de campo e custos com manutenção de laboratórios. Espero que a falta de orçamento não prejudique nosso curso, visto que estas atividades são fundamentais para os discentes, principalmente para mostrar a eles a aplicabilidade do curso”, diz.

No que depender da gestão da UNIFAL-MG, a Universidade continuará buscando alternativas para manter o mesmo padrão que levou a Engenharia Ambiental a alcançar a nota tão almejada. “A Reitoria tem feito e seguirá fazendo todos os esforços, mesmo com já anunciados cortes no orçamento da Universidade para 2021, para garantir as condições que permitiram esse grande feito [desempenho máximo no Enade]”, garante o reitor.

 

Resultado coroa a excelência do curso e atrai interessados 

É consenso nos relatos apurados para essa matéria, o impacto positivo que o resultado do Enade credita ao curso.

Na experiência do Prof. Rafael, na edição anterior do exame, quando a Engenharia Ambiental conquistou a nota máxima pela primeira vez, a procura pelo curso aumentou de maneira considerável. “Como somos um curso de segundo ciclo, aumentou o interesse dos alunos do BCT pelo nosso curso. Acredito que agora, com a segundo conceito 5, esta procura continuará aumentando”, diz.

“Acredito que para o concluinte ter em seu histórico o nome de uma universidade federal tem um grande peso, adicionar a isso a nota máxima na avaliação do Enade confirma a qualidade esperada no ensino”, afirmou Rafael Trevisan, acadêmico que participou do exame aplicado em 2019.
(Foto: arquivo pessoal do discente)

Com relação aos discentes, o coordenador do curso acredita que este tipo de resultado aumenta a autoconfiança deles. “Apesar de eles saberem que estão em um curso de excelência, sempre gera aquela insegurança na hora da formatura. Todos ficam inseguros, pensando se realmente estão preparados para atuar no mercado. Acredito que um conceito 5 mostra que a proposta dessa integração do curso com atividades práticas, mais próximas do mercado, são positivas e aumentam ainda mais a confiança dos discentes. Deixa os formandos seguros de que eles que vão concorrer de igual para igual com qualquer engenheiro no mercado de trabalho.”

A fala do professor encontra eco no apontamento do discente Rafael Trevisan, para quem concluir a graduação em uma universidade federal e em um curso avaliado com nota máxima pelo MEC é uma garantia da qualidade esperada para o exercício da profissão. “Acredito que para o concluinte ter em seu histórico o nome de uma universidade federal tem um grande peso, adicionar a isso a nota máxima na avaliação do Enade confirma a qualidade esperada no ensino. Para o curso é o reconhecimento de todo o trabalho realizado e o incentivo para que ele não pare. Assim, devemos lutar para que a educação, a ciência e a pesquisa, sejam levadas a sério em nosso país e que o investimento nessas áreas só aumente”, opina.

Tainara entende também que a nota confere importância ao curso, à Instituição e a tudo que envolve o desenvolvimento do Projeto Pedagógico. “É muito importante essa nota, porque ela está atribuída a um conjunto de fatores. É reflexo, de tudo que acontece ali conosco, porque só nós, que estamos ali, sabemos todo o trabalho realizado. O tempo todo ali, nós estamos buscando a excelência e graças a Deus temos um alto padrão”, comenta o reconhecimento atribuído pela nota.

Além do curso de Engenharia Ambiental, os cursos de Fisioterapia e Medicina da UNIFAL-MG também conquistaram nota máxima no Enade 2019. 

 


Leia também:

:: Curso de Medicina da UNIFAL-MG participa pela 1ª vez do Enade e conquista nota máxima

:: Fisioterapia da UNIFAL-MG é o 3º curso mais bem avaliado do Brasil; nota máxima no Enade classifica o curo da Universidade entre os melhores do país

:: Engenharia Ambiental, Fisioterapia e Medicina da UNIFAL-MG obtêm nota máxima no Enade 2019; na avaliação, 89% dos cursos receberam notas 4 e 5