Impacto epidemiológico de variantes mutantes do novo coronavírus, vacinas e reinfecção por Covid-19 são temas discutidos por epidemiologista da UNIFAL-MG em jornal da região

No dia 02/02, o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG, Sinézio Inácio da Silva Júnior, participou do jornal EPTV 1ª e 2ª edição, em bate-papo e reportagem, respectivamente, a fim de falar sobre as variantes do coronavírus, a relação entre as vacinas e as mutações e os cuidados em relação ao Carnaval. Na oportunidade, o docente comentou os casos de reinfecção em quem já teve a doença.

Segundo o Prof. Sinézio, as mutações já registradas acontecem na proteína “S”, no espinho da superfície do vírus, e podem afetar tanto a capacidade de a proteína se ligar às células humanas quanto seu tamanho e formato, que pode prejudicar o reconhecimento feito pelo sistema imunológico. “Hoje, pelo tempo acumulado da epidemia, sabemos que, depois de seis meses de contágio, a concentração de anticorpos já da primeira infecção pode cair, e isso pode vulnerabilizar a pessoa até mesmo para uma reinfecção da primeira variante”, explicou.

Nas matérias, o epidemiologista também falou sobre a eficácia das vacinas contra as variações do vírus. “As vacinas estão começando a ser aplicadas. Pode ser que a vacina feita para o vírus inicial comece a não ter a mesma eficácia, não é que ela não vai ter nenhuma, mas que comece a diminuir com o tempo, como caso da vacina da gripe. Todo ano a gente faz uma adaptação para uma variante nova do vírus”, disse.

Embora o sul de Minas não tenha registrado oficialmente a presença de mutações do coronavírus, se o ritmo de novos casos permanecer estável por muito tempo, na faixa de cerca de mil novos casos por dia, há aumento da chance de surgir uma variante mutante na região. A dica do Prof. Sinézio é manter as medidas de precaução, em especial durante o feriado de Carnaval. “Nessas oportunidades de festa, por mais que a gente queira se enganar, as pessoas não vão tomar as medidas de distanciamento social, de uso de máscara. Não só a questão da festa do carnaval, mas a própria manutenção do feriado de Carnaval pode propiciar que as pessoas se aglomerem em casa, façam visitas a amigos em colegas em casa”, comentou o docente.

Confira as participações completas abaixo:

EPTV 1ª edição

Disponível também no link: https://globoplay.globo.com/v/9232045/

EPTV 2ª edição

 

Disponível também no link: https://globoplay.globo.com/v/9233558/