“Guiné-Bissau: Revolução Anti-imperialista Inacabada” – Bruno Gomes & Natalino Neves da Silva (Org.)

Por Jaine Reis Martins em 17/03/2022 - 09h15 | Atualizado em 17/03/2022 - 09h15 Autores UNIFAL-MG, E-book, Guiné Bissau, Imperialismo, Revolução

*Capa do e-book “Guiné-Bissau: Revolução Anti-Imperialista Inacabada” (Foto: Arquivo da Biblioteca)*

Refletir sobre o inacabamento das conquistas obtidas pelas lutas revolucionárias de libertação do povo guineense se tornou fundamental diante da crise sociopolítica, econômica e cultural que o país enfrenta nos últimos anos. Para cumprir esse objetivo, Natalino Neves da Silva, professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIFAL-MG, e Bruno Gomes, mestre em Educação pela Universidade, organizaram o e-book “Guiné-Bissau: Revolução Anti-Imperialista Inacabada”.

Atualmente, Natalino Neves da Silva é professor Adjunto da Faculdade de Educação (FaE), Departamento de Administração Escolar (DAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). (Foto: Arquivo Pessoal)

Lançado em janeiro de 2022, pela editora da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), o livro digital permite a compreensão das permanências, continuidades e rupturas do domínio neocolonial na Guiné-Bissau por meio de abordagens temáticas e diferentes perspectivas de análises. Os(as) autores(as) bissau-guineenses defendem a seguinte tese: a revolução anti-imperialista em Guiné-Bissau permanece inacabada.

O livro conta com 15 capítulos, nos quais cada autor busca refletir sobre as ameaças e as lutas em relação à conquista dos direitos humanos, sociais e socioambientais em Guiné-Bissau. A maior parte das contribuições escritas procede de pesquisas de mestrado realizadas em instituições públicas brasileiras.

No decorrer das 212 páginas do e-book, o leitor encontra temas como Pós-colonialismo, Democracia e Instituições Sociais em Guiné-Bissau; Desigualdade de Gênero, Relações Internacionais e Desenvolvimento Socioambiental no país; Memória, Identidade e Oralidade do povo guineense e Ensino de Sociologia, Educação e Políticas Linguísticas nos países africanos.

A obra é resultado do trabalho dialógico, investigativo, afetivo e coletivo, criado por meio da interlocução afrodiaspórica entre estudiosos da área. De acordo com o professor Natalino Neves, a leitura desta obra permite ao leitor a crucial indagação: o colonialismo já está superado no Brasil?

*Bruno Gomes é mestre em Educação pela UNIFAL-MG (PPGE/UNIFAL-MG). (Foto: Arquivo Pessoal)*

Além dos organizadores Natalino Neves e Bruno Gomes, outros pesquisadores colaboraram na escrita desta obra. São eles:

Amissão Salecha, doutorando em Sociologia na UFRGS;
Claudino Mambamba Cafete, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade da UFSB;
David Ié, mestrando em Linguística pela UFPR;
Dingana Paulo Faia Amona, doutorando em Antropologia Social pela da UFG;
Farã Vaz, pesquisador colaborador do Mecanismo das Facilitação da Participação das Universidades no Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (MU-CONSAN-CPLP);
Fernando Siga, membro do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos de Política e Gestão da Educação, da UFRGS;
Idrissa da Silva, mestranda em História na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA);
Noemia Armando Monteiro, mestranda em Administração Escolar no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL);
Peti Mama Gomes, doutoranda em Antropologia Social pela UFPA;
Sergio Besna Dudú Mané, estudante do Curso de Ciências da Computação na UDECS, e
Wilson Sanca, mestrando em Antropologia pela UFF.