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Estudo desenvolvido por discente de Biotecnologia da UNIFAL-MG realiza síntese de composto orgânico por meio de células de fungos; produto de caráter biodegradável, gerado em maior velocidade, pode reduzir danos ambientais e impactar atividades de indústria e comércio

Cada vez mais, pesquisas científicas buscam desenvolver metodologias e produtos mais econômicos e sustentáveis. Alinhado a essa realidade, um estudo da UNIFAL-MG trouxe inovações à área de Biotecnologia ao propor a síntese de um composto orgânico em escala laboratorial, em menor tempo e custo, utilizando células de fungos como catalisadoras. O composto em destaque, intitulado palmitato de isoamila, apresenta propriedades biolubrificantes que, em razão de caráter biodegradável, podem reduzir danos ambientais.

Desenvolvida por discente do 9° período do curso de Biotecnologia e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC/UNIFAL-MG), Arthur Ouro Preto, a pesquisa teve como principal finalidade a produção do composto por meio de células de fungos da espécie Rhizopus oryzae, com enzimas lipases aderidas, a fim de garantir a produção na maior velocidade possível.

Conforme o trabalho, a produção do composto orgânico possui aplicabilidade comercial, uma vez que o produto pode ser empregado na lubrificação de peças de maquinaria, tendo caráter menos tóxico em comparação aos lubrificantes convencionais. “Pensando em uma alternativa mais biossustentável, de menor impacto ambiental, foi optada a utilização de lipases para tal fim, visto que essas enzimas são capazes de catalisar reações envolvendo o consumo de ácidos graxos, tal como o ácido palmítico”, indicou a pesquisa. Os resultados apontaram para uma conversão de até 83% em 24 horas nas amostras contendo a enzima.

Da esquerda para a direita, o universitário de Biotecnologia Arthur Ouro Preto; o doutorando Willian de Souza Matias Reis; e o professor Ernandes Benedito Pereira. (Foto: Arquivo Pessoal)
O estudo contou com a participação da Profa. Ana Karine Furtado de Carvalho, do Instituto de Química. (Foto: Arquivo Pessoal)

O estudo foi coordenado pelo professor Ernandes Benedito Pereira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, com colaboração da professora Ana Karine Furtado de Carvalho, do Instituto de Química, e do doutorando Willian de Souza Matias Reis. “Este trabalho ressalta a eficácia da utilização de uma nova via de síntese de compostos orgânicos por catálise enzimática, sem necessitar do emprego de enzimas imobilizadas para tal fim, visto que estas apresentam um alto custo acoplado”, explicou o professor Ernandes Pereira, ao mencionar a crescente demanda por compostos orgânicos, em especial nas indústrias cosméticas, farmacêuticas e alimentícias, por metodologias mais sustentáveis. 

Considerada a relevância do projeto, a pesquisa “Síntese de palmitato de isoamila via catálise enzimática por lipases de Rhizopus oryzae ligadas ao micélio” foi selecionada como o melhor trabalho apresentado oralmente no 2° Web Encontro Nacional de Engenharia Química. Nessa oportunidade, o universitário Arthur Ouro Preto agradeceu o apoio recebido para que a pesquisa fosse desenvolvida. “Esse prêmio só pôde ser possível devido a todos os envolvidos, assim como as oportunidades de aprofundar os conhecimentos do curso”, disse o estudante. 

“Um trabalho de um discente do curso de Biotecnologia ser selecionado como um dos melhores trabalhos em um congresso de caráter nacional impacta muito positivamente o curso e a universidade em que ele estuda, visto que este prêmio demonstra que o aluno está tendo uma boa formação. Além disso, esta premiação pode servir como um incentivo para os outros alunos também buscarem investir na área de pesquisas”, concluiu o coordenador da pesquisa, Prof. Ernandes Pereira.

Para saber mais sobre o estudo, acesse este link.