“Às pessoas com autismo, todo o nosso respeito”, destacou professora da UNIFAL-MG em matéria sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA)

No dia 05/02, o portal “O Alfenense” publicou entrevista com a professora do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNIFAL-MG, Sílvia Ester Orrú, sobre o Transtorno de Espectro Autista (TEA). A fim de explicar o assunto, a docente contextualizou a definição e as classificações de autismo (leve, moderado e grave/severo), bem como destacou preconceitos e consequências relacionadas a este transtorno do neurodesenvolvimento, como a exclusão social. Na matéria, publicada devido à repercussão de uma conversa durante o programa “Conversa com o Prefeito”, da Rádio Comunitária do Pinheirinho, a Profa. Sílvia Orrú também falou sobre a importância das diferenças pessoais para a vida em sociedade.

“Quando compreendemos que as pessoas são diferentes, entendemos que elas têm um modo próprio de ser e estar no mundo, com o mundo e com as outras pessoas. Portanto, se elas são diferentes, elas têm capacidades, habilidades, potencialidades, dificuldades, limitações, modos de perceber o mundo e de reagir de formas diversas e distintas”, disse.

Para a docente, as interações sociais propensas ao isolamento, o modo particular de aprendizagem, o interesse sobre temáticas específicas e os desafios na área da linguagem não impedem a expressão de emoções pelos autistas. “Há pessoas com autismo que apresentam dificuldades, mas que são trabalhadoras e se encontram atuando como professores, matemáticos, cientistas, médicos, fotógrafos, músicos, desenhistas, pintores, cozinheiros, escritores… Há pessoas com autismo que são solteiras, outras são casadas, há as que são mães e pais”, comentou.

Segundo a Profa. Sílvia Orrú, uma vez que ainda se vê distorções no uso da palavra “autista”, iniciativas necessárias contra o preconceito seriam políticas públicas voltadas para o tratamento com medicações modernas, o atendimento terapêutico de alta qualidade, pelo SUS, e o acompanhamento educacional especializado em escolas públicas e privadas. “Às pessoas com autismo, todo o nosso respeito!”, finalizou.

O diagnóstico de TEA costuma ser realizado por neurologistas e/ou psiquiatras, acompanhado por avaliação multidisciplinar constituída por pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, de preferência precocemente.

Confira a matéria completa no link:https://www.oalfenense.com.br/noticia/626/em-programa-de-radio-prefeito-de-alfenas-fala-que-autistas-nao-tem-sentimento. A entrevista está disponível aqui. 

O assunto também foi destaque no Jornal da EPTV 1ª edição do dia 8/2. Na reportagem, a professora Silvia Orrú ressaltou: “Para comunidade cientifica é mais do que evidente que as pessoas com autismo têm sentimentos e que nós precisamos conhecer mais pra não discriminar. E […] precisa ficar claro aos nossos políticos e aos influentes, que o termo autista não é um adjetivo e nem uma terminologia para ofensa a adversários”, enfatiza Sílvia Ester Orrú.

O apresentador Marcos Mion, pai de um jovem autista, também teceu críticas ao prefeito de Alfenas nas redes sociais, afirmando que o autista tem sim sentimentos e que todos somos seres humanos. Após a repercussão negativa, o prefeito reconheceu o erro e pediu desculpas, assumindo um compromisso de governo para com o tema da inclusão.

Confirma a reportagem da EPTV: