Atividade antioxidante de compostos naturais e sintéticos

Métodos Alternativos ao Uso de Animais para Experimentação.

Métodos alternativos são métodos que têm o potencial de reduzir, refinar ou substituir o uso de animais em experimentos científicos. O uso de animais na ciência é controverso devido às questões éticas que o envolve. Deve-se notar que grandes avanços científicos na área médica só foram possíveis com o uso de animais como modelos de pesquisa. O uso desses animais ainda é empregado em ensaios pré-clínicos, mas essa prática, essencial em alguns estudos, também pode causar dor e estresse aos animais. Além de gerar conflitos com ativistas dos direitos dos animais. Foi criada a Lei Arouca no Brasil, que regulamenta o uso científico de animais e visa promover o seu bem-estar. Animais de laboratório ainda participam de testes para garantir a segurança de produtos contendo ingredientes químicos como medicamentos, cosméticos, agroquímicos e outros. Os testes em animais garantem a segurança do produto para toxicidade aguda, toxicidade ocular, toxicidade dérmica, sensibilização da pele, fototoxicidade, toxicidade reprodutiva, entre outros resultados, e são realizados de acordo com um processo padronizado em um determinado número de países. É necessário substituir as técnicas tradicionais de uso indiscriminado de animais por métodos alternativos validados e padronizados.

Eles são baseados na abordagem 3Rs:

R, de Reduzir especifica que o número de animais usados em cada experimento para obter um resultado científico sólido deve ser sempre o menor possível.

R, de Refinamento, descreve que quando o uso de animais for necessário, deve ser feito de forma a reduzir ou minimizar a dor, o sofrimento e o estresse desses animais, sempre dando a devida importância à sua saúde.

R, de Substitute significa substituição, que fala da necessidade de se utilizar métodos não animais para obter os mesmos resultados, sempre que esses métodos forem chamados de métodos alternativos disponíveis.

Culturas de células e tecidos:

As culturas de tecidos e células são utilizadas, principalmente, na pesquisa básica aplicada. Por exemplo, existem estudos sobre os efeitos da quimioterapia na sobrevivência das células cancerosas. Esses experimentos servem como base para determinar se um medicamento tem a capacidade de matar tais células cancerosas. Os testes de toxicidade para certas substâncias também podem ser realizados em métodos de cultura de células que utilizam o cultivo de células, tecidos e órgãos fora do corpo (explante), no laboratório, para obter informações semelhantes às de modelos animais. Muitos desses métodos foram validados e aceitos pelas autoridades regulatórias como metodologias de avaliação da segurança do produto. Métodos alternativos in vitro, agora mais acessíveis e difundidos, têm grande potencial para reduzir ou mesmo substituir o uso de animais. Em muitos casos, esses métodos são mais rápidos e baratos, além de possuírem condições de teste bastante controladas e resultados quantificáveis, ao contrário de alguns testes em animais que produzem resultados subjetivos e exigem mais tempo e custo. Nenhum método alternativo é capaz de substituir usos em animais, devido à sua capacidade de reproduzir apenas uma fração das reações fisiológicas complexas que ocorrem em de um organismo vivo (in vivo). Alguns testes in vivo ainda são insubstituíveis.

Atividade Antioxidante

Os antioxidantes são substâncias capazes de proteger as células dos efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo. Eles também podem ajudar a construir imunidade e prevenir doenças. Eles agem prevenindo a formação de radicais livres ou convertendo os radicais gerados em espécies inofensivas. Os compostos antioxidantes, preferencialmente, eliminam o dano molecular causado por espécies reativas e restauram a estrutura celular e a homeostase.

Os testes antioxidantes in vitro tornaram-se uma ferramenta importante na busca de substâncias biologicamente ativas, bem como na seleção de matérias-primas para pesquisa. Esses ensaios demonstraram a importância de uma dieta rica em frutas e vegetais, confirmando a presença de antioxidantes, que auxiliam no combate aos radicais livres. Devido à crescente busca por substâncias bioativas para substituir produtos sintéticos e reduzir os efeitos colaterais, um grande número de testes in vitro foram desenvolvidos para avaliar a atividade antioxidante. Devido às diferentes espécies de radicais e aos diferentes alvos de oxidação, dificilmente existe qualquer método que possa representar de forma confiável e precisa a verdadeira atividade antioxidante de um composto. Para avaliar adequadamente esta atividade em sistemas alimentares e biológicos, modelos individuais devem ser desenvolvidos, pois representam as mesmas condições químicas, físicas e ambientais esperadas para o sistema em análise.

Conteúdo gerado a partir da disciplina: Método in vitro para screening de atividades biológicas

Autor: Guilherme dos reis carvalho

Revisão e responsável da disciplina: Sônia Aparecida Figueiredo

Coordenação do projeto de extensão: Juciano Gasparotto