Atividade antioxidante in vitro de alimentos funcionais

Alimentos funcionais 

Possuem importantes propriedades, efeitos biológicos e atributos sensoriais.
Alimentos Funcionais são aqueles que melhoram ou afetam a função corporal, além do seu valor nutricional normal – cada país tem a sua definição. São alimentos que têm características específicas que contribuem para redução do risco de doenças, além da sua função primária de nutrição.

Estresse oxidativo

Desequilíbrio na geração de substâncias pró-oxidantes e antioxidantes, favorecimento da geração excessiva de radicais livres e espécies reativas de oxigênio (EROs) e nitrogênio (ERNs), ou pela diminuição de enzimas e nutrientes que participam do sistema de defesa antioxidante.
A resposta aos alimentos funcionais pode variar de acordo com fatores genéticos, estado fisiológico e a composição total da dieta.
O benefício de um alimento funcional será limitado se o alimento não fizer parte da dieta.

Métodos de identificação da capacidade antioxidante
Ao determinar a atividade antioxidante, você deve usar mais de um método para comparar o modo de ação de compostos.

Capacidade de absorção do radical de oxigênio (ORAC):
• Determina a capacidade antioxidante de frutas e vegetais.
• Uma amostra é adicionada ao gerador de radical peroxil, 2,2′-azobis (2- amidinopropano) dihidrocloreto (AAPH) e a inibição da ação do radical livre é medida usando um composto fluorescente (fluoresceína).
• O radical peroxila reage com fluoresceína (substrato oxidável) formando um produto não fluorescente.
• O efeito protetor do antioxidante (AO) acontece por meio da doação de um átomo de hidrogênio aos radicais livres, o que evita o decréscimo de fluorescência.

Poder antioxidante de redução férrica (FRAP):
• O ensaio FRAP também é baseado em reações de transferência de elétrons, mas é realizado em condições ácidas (pH = 3,6).

• Baseado na produção do íon Fe2+ (forma ferrosa) a partir da redução do íon Fe3+ (forma férrica) presente no complexo 2,4,6- tripiridil-s-triazina (TPTZ). A redução ocorre na presença de uma substância antioxidante redutora em meio ácido.

• Com a redução, a tonalidade da mistura se altera, passando de roxo claro a um roxo intenso.

Poder antioxidante de redução férrica (FRAP):
A absorbância pode ser medida no comprimento de onda de 595 nm. Quanto maior a absorbância ou intensidade da coloração, maior será o potencial antioxidante.
[2,2′-azinobis (ácido 3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico)] (ABTS∙+ ):
• Rastreia as capacidades de eliminação de radicais relativos de flavonoides e fenólicos.
• Pode ser considerado uma escolha melhor do que o DPPH por ser mais sensível.
• Flexibilidade extra da dosagem, pois pode ser usado em diferentes níveis de pH (ao contrário do DPPH, que é sensível ao pH ácido) e, portanto, é útil ao estudar o efeito do pH na atividade antioxidante de vários compostos.
• Útil para medir a atividade antioxidante de amostras extraídas em solventes ácidos.

4-2,2-Difenil-1-picrilhidrazil (DPPH ):
Testar a capacidade dos compostos de agirem como captadores de radicais livres ou doadores de hidrogênio – avalia a atividade antioxidante dos alimentos.
Usado para amostras sólidas ou líquidas e não é específico para nenhum componente antioxidante em particular, aplica-se à capacidade antioxidante geral da amostra.
Princípio do método: Baseia-se no descoramento de uma solução composta por radicais DPPH•, de cor violeta, quando ocorre adição de substâncias que podem ceder um átomo de hidrogênio, transferindo elétrons de um composto antioxidante para um oxidante.

Conteúdo gerado a partir da disciplina: Método in vitro para screening de atividades biológicas

Autora: Bianca Silva Souto

Revisão e responsável da disciplina: Sônia Aparecida Figueiredo

Coordenação do projeto de extensão: Juciano Gasparotto