Trabalhos científicos sobre pacientes pediátricos com queixa de tosse dão visibilidade à Faculdade de Medicina da UNIFAL-MG em Congresso Brasileiro de Pediatria
“Asma variante tosse: quando pensar?” e “Murmúrio vesicular soproso: uma variação do sibilo?” foram os trabalhos apresentados pela discente do curso de Medicina, Camilla Castro e pela professora da Famed, Gláucia de Oliveira Moreira, durante o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria (CBP), realizado em Porto Alegre (RS), entre os dias 8 e 12/10, pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O estudo é resultado de uma análise feita durante a vigência do internato de pediatria, nos meses de junho e julho de 2019, quando crianças foram atendidas em serviço de pronto atendimento com queixa de tosse.
“A totalidade das crianças receberam o diagnóstico de asma, mesmo não apresentando os clássicos sintomas de ‘falta de ar’ e ‘chiadeira’. Além disso, descrevemos a frequência com que encontramos ao exame físico dos pulmões um ruído diferente do mais comumente conhecido como sugestivo de asma, bem como suas características sonoras”, informou Camilla, que realizou as apresentações no formato de pôster eletrônico. Segundo ela, os trabalhos são importantes devido ao fato da asma comumente não ser diagnosticada quando se apresenta como tosse de forma isolada e/ou na ausência dos característicos ruídos chamados sibilos. “Com o tratamento incorreto a doença continua sua progressão, trazendo consequências negativas à criança, além de onerar o sistema de saúde”, explica.
O evento reuniu mais de 6 mil pediatras, promovendo a troca de experiências e a discussão de caminhos para a construção do futuro da especialidade, com foco em uma assistência de alta qualidade. Para a Profa. Gláucia e o Prof. Marcelo Libânio, que representaram a Instituição, a participação no congresso foi uma oportunidade de atualização e divulgação dos trabalhos desenvolvidos pela UNIFAL-MG em parceria com a gestão municipal de Alfenas e de Machado. “Além da visibilidade da UNIFAL-MG em contexto nacional, nossa participação estimula os graduandos a se envolverem com a produção de conhecimento, sendo um bom exemplo sobre a importância de sempre se atualizar. Eles podem interagir com estudantes e residentes de outras instituições, propiciando a reflexão sobre o próprio desenvolvimento”, afirmou a professora.
Já Camilla acrescenta o sentimento de gratidão ao poder participar de um evento de projeção nacional: “conheci trabalhos e experiências de profissionais e acadêmicos de Medicina de todo o país. É gratificante extrair trabalhos relevantes dos atendimentos que realizei no estágio, juntamente com os colegas e a professora, e divulgá-los à outros tantos profissionais que ampliarão nossa contribuição à saúde das crianças”, finaliza.