Ferramenta desenvolvida no Centro de Inteligência Artificial da UNIFAL-MG apresenta elevada capacidade de identificar melanoma em estágio inicial; pesquisa foi premiada pela Sociedade Brasileira de Computação

Um projeto de pesquisa do Centro de Inteligência Artificial, Mercados e Análise da UNIFAL-MG ganhou notoriedade nacional pelo desenvolvimento de uma ferramenta de elevada capacidade na identificação do melanoma em estágios iniciais. O trabalho conquistou o primeiro lugar na premiação concedida pela Sociedade Brasileira de Computação, durante a 8ª Escola Regional de Computação Aplicada à Saúde (ERCAS) 2021, realizada no final de agosto.

“Um modelo de IA para detecção de melanoma via Redes Neurais Convolucionais” é o título do artigo contemplado.  A autoria do projeto é assinada por Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha, professor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da UNIFAL-MG e diretor do Centro de Inteligência Artificial (CIA) da Universidade, e por Eleanderson Campos, pesquisador também vinculado ao CIA.

Gabriel Pessanha, professor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas e diretor do Centro de Inteligência Artificial da UNIFAL-MG, um dos autores do projeto. (Foto: Arquivo Pessoal)
Eleanderson Campos, pesquisador do Centro de Inteligência Artificial da UNIFAL-MG, um dos autores do projeto. (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo o professor Gabriel Pessanha, a proposta do trabalho é desenvolver uma ferramenta baseada em inteligência artificial capaz de detectar melanoma a partir de imagens obtidas por dermatoscópio, um aparelho médico utilizado para visualizar lesões de pele. “O diferencial da ferramenta proposta é a sua elevada capacidade de identificar o tipo mais letal de câncer de pele ainda em um estágio inicial, o que aumenta consideravelmente as chances de cura”, explica.

 

A pesquisa vem sendo desenvolvida desde fevereiro de 2021 e os resultados têm se mostrado promissores. Além de a ferramenta ter mostrado elevada acurácia, ou seja, alta referência em exatidão e precisão nos resultados, segundo os pesquisadores, as análises também apontaram que o desempenho dessa nova ferramenta é superior ao de especialistas no diagnóstico visual do melanoma.

Imagens de diagnóstico a partir do uso de Inteligência Artificial na identificação do melanoma em estágios iniciais. (Foto: Arquivo/Centro de Inteligência Artificial)

 

O prêmio recebido pela Sociedade Brasileira de Computação coroa a importância e a contribuição do desenvolvimento desse projeto para a saúde da população, visto que o evento tem papel importante na disseminação de metodologias voltadas à área da saúde e na formação interdisciplinar de profissionais. A ERCAS desenvolve atividades sobre temas como inteligência artificial, processamento de sinais imagens médicas para diagnóstico auxiliado por computador, sistemas de apoio à decisão clínica, sistemas de apoio à reabilitação e Internet das Coisas.

“A premiação é muito importante, pois consolida os esforços dos pesquisadores do Centro de Inteligência Artificial (CIA) da UNIFAL-MG na geração de conhecimento útil para a sociedade”, afirma o professor Gabriel Pessanha.

Vale mencionar que o Centro de Inteligência Artificial da Universidade também trabalha com outros projetos de pesquisa que buscam desenvolver ferramentas de apoio ao diagnóstico clínico por meio de técnicas de inteligência artificial e aprendizado de máquina. Entre os projetos, há a pesquisa “Identificação e avaliação tomográfica do comprometimento pulmonar pela infecção por SARS-CoV-2 utilizando inteligência artificial”. Saiba mais.

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