UNIFAL-MG inaugura Centro de Biologia Experimental, o Cebioex; espaço amplia infraestrutura para o desenvolvimento de projetos de pesquisa ligados às áreas de Fisiopatologia Genética, Neurociências e Comportamento

A semana foi marcada por novidade para o fortalecimento da pesquisa na UNIFAL-MG. Na tarde de terça-feira, 3/5, foi realizada a cerimônia de inauguração do Centro de Biologia Experimental, o Cebioex, na Unidade Educacional Santa Clara. O espaço amplia a infraestrutura para o desenvolvimento de projetos de pesquisa ligados às áreas de Fisiopatologia Genética, Neurociências e Comportamento.

Cerimônia de inauguração foi realizada em formato híbrido. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

O evento de inauguração aconteceu em formato híbrido com a presença do secretário adjunto de Educação Superior, o professor Eduardo Gomes Salgado; do reitor, o professor Sandro Amadeu Cerveira; do vice-reitor, o professor Alessandro Antônio Costa Pereira; da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, a professora Vanessa Bergamin Boralli Marques; do coordenador do projeto Cebioex, o professor Alexandre Giusti Paiva; além dos demais pesquisadores responsáveis pelos laboratórios, bem como representantes de outras pró-reitorias, diretores de unidades acadêmicas, docentes, técnicos, acadêmicos e parceiros convidados. A transmissão foi acompanhada pelo canal da UNIFAL-MG no YouTube.

Em pronunciamento, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação pontuou que o Centro de Biologia Experimental é uma realidade devido à união de pesquisadores que se dedicaram à elaboração do projeto inicial que foi submetido à Finep. “O que nós vemos hoje aqui é fruto do recurso do trabalho desses pesquisadores que já tinham e continuaram; do recurso que o Finep nos concedeu, e também de aportes que foram feitos pela nossa Universidade através de recursos repassados pelo Ministério da Educação”, mencionou.

Profa. Vanessa Boralli, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, pontuou que o Cebioex é uma realidade graças à união de pesquisadores que se dedicaram à elaboração do projeto inicial que foi submetido à Finep. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

Segundo a professora Vanessa Boralli, entre as pesquisas desenvolvidas no novo espaço, existem aquelas na “fronteira do conhecimento”, pois além de trazer novos conhecimentos para sociedade e avanço nos estudos, também contribuem para o fortalecimento dos programas de pós-graduação da UNIFAL-MG. “Um fator bastante importante aqui é a formação de recursos humanos qualificados, que através desses laboratórios, dos estudos aqui desenvolvidos, das pesquisas publicadas, são formados novos pesquisadores que vão no futuro nuclear novos grupos, novos discentes de iniciação científica, de mestrado e de doutorado”, destacou.

O reitor iniciou sua explanação, agradecendo aos pesquisadores pela dedicação ao projeto de construção do Centro de Biologia Experimental. “Muito obrigado. É uma grande honra para nossa Universidade contar com o empenho e a dedicação de vocês enfrentando todas as dificuldades que foram enfrentadas, mas sonhando com o futuro, com uma Universidade com mais investimento na pesquisa, na pós, qualificando o nosso ensino e a formação dos nossos estudantes, das nossas estudantes”, manifestou.

“Eu quero homenagear em especial as colegas técnicas e os colegas técnicos, que atuam na área da infraestrutura e do planejamento, os quais tornaram possível que as ideias, as concepções e as negociações saíssem do papel e estivessem prontas, entregues neste momento”, assinalou o professor Sandro Cerveira sobre o trabalho empreendido pelas pró-reitorias de Planejamento e de Administração.

Entre agradecimentos ao grupo de pesquisadores e equipe técnica, o reitor, Prof. Sandro Cerveira, falou dos esforços da UNIFAL-MG para proporcionar uma formação de excelência. (Foto: Jaíne Reis Martins/Dicom)

Os estudantes também receberam uma menção especial do reitor. Ao dirigir-se a eles, o professor Sandro Cerveira falou dos esforços da UNIFAL-MG para proporcionar uma formação de excelência. “Quando dizem que vocês são o futuro, isso às vezes parece uma retórica meio boba, mas por favor, acreditem, é isso aí e muito mais”, afirmou. “Vocês estão recebendo uma formação de excelência, de muita qualidade, tendo contato com pesquisadores e pesquisadoras que estão na fronteira do conhecimento, como já dito, e essa oportunidade qualifica a formação de vocês e, efetivamente, daqui a 50 anos, daqui a 100 anos, quando este prédio provavelmente ainda estiver talvez sendo usado, vocês terão também deixado o seu legado na construção da ciência no nosso país”, frisou.

Durante a solenidade, o secretário adjunto de Educação Superior falou da satisfação em representar o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, no evento realizado na UNIFAL-MG, uma vez que ele é docente vinculado à Instituição, e destacou a iniciativa de apoio do MEC ao ensino superior brasileiro. “Por meio do ensino e da pesquisa formaremos na UNIFAL-MG profissionais que geram benefícios sociais e riqueza para o Brasil”, salientou. “São essas ações que fortalecem a relação do governo com a comunidade científica local e internacional”, acrescentou.

“São essas ações que fortalecem a relação do governo com a comunidade científica local e internacional”, destacou o secretário adjunto de Educação Superior, Prof. Eduardo Salgado, durante a solenidade. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

O professor Eduardo Salgado lembrou que o governo federal liberou R$ 15 milhões para a obra do prédio da Odontologia, que vem sendo construído também na Unidade Educacional Santa Clara, e anunciou a liberação de mais R$ 6,5 milhões para a continuidade da obra.  Antes da cerimônia, o secretário adjunto visitou o andamento da obra acompanhado pela equipe da Pró-Reitoria de Planejamento. 

Segundo o secretário adjunto de Educação Superior, a UNIFAL-MG faz parte também do projeto piloto “Reuni Digital”, no qual uma das propostas é expandir o ensino a distância nas universidades federais. “O curso de Gestão Ambiental e Sustentabilidade será a distância no campus de Poços de Caldas e o professor Sandro, junto com o secretário Wagner, já fez a assinatura do termo de pactuação e estamos encaminhando a portaria de liberação de mais 10 códigos de vaga para professor na Universidade Federal de Alfenas”, anunciou.

Antes da cerimônia, o secretário adjunto visitou o andamento da obra acompanhado pela equipe da Pró-Reitoria de Planejamento e gestores. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

Após os pronunciamentos, houve o descerramento da placa alusiva do Cebioex feito pelo professor Alexandre Giusti; pelo reitor, Prof. Sandro Cerveira, e pelo secretário adjunto de Educação Superior, Prof. Eduardo Salgado. A leitura da placa foi feita pela pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Profa. Vanessa Boralli.

Finalizada a cerimônia, os participantes foram convidados para fazer a visita guiada ao prédio, a fim de conhecer as instalações dos laboratórios e mais detalhes sobre as pesquisas que serão contempladas para desenvolvimento no novo local.

O Centro de Biologia Experimental
Descerramento da placa alusiva do CEBIOEX. Da esquerda para direira: o professor Alexandre Giusti; o reitor, Prof. Sandro Cerveira, e o secretário adjunto de Educação Superior, Prof. Eduardo Salgado. (Crédito da imagem: Ana Carolina Araújo/Dicom)

Com 1.188m² de área construída, o Cebioex foi idealizado como um ambiente de pesquisa multiusuário para abrigar laboratórios temáticos e áreas comuns de experimentação animal. Os investimentos para construção somam R$ 2.115.872,82, obtidos por meio da Financiadora de Estudos e Projetos, a Finep. Em contrapartida, a UNIFAL-MG investiu até o momento, R$ 634.341,06 na aquisição de equipamentos e mobiliários.

Os laboratórios e respectivos responsáveis que passam a ocupar o novo espaço são:

  • Laboratório de Análises Nutricionais e Toxicológicas in vitro e in vivo
    Responsável: Profa. Luciana Azevedo (Faculdade de Nutrição – FANUT)
  • Laboratório de Avaliação de Protótipos Antitumorais
    Responsável: Profa. Marisa Ionta (Instituto de Ciências Biomédicas – ICB)
  • Laboratório de Biologia Molecular
    Responsável: Prof. Angel Roberto Barchuk (Instituto de Ciências Biomédicas – ICB)
  • Laboratório de Neurociência, Neuromodulação e Estudo da Dor
    Responsáveis: Prof. Marcelo Lourenço da Silva e Profa. Josie Resende Torres da Silva (Instituto de Ciências da Motricidade – ICM)
  • Laboratório de Neuroimunobiologia da Dor
    Responsável: Prof. Giovane Galdino de Souza (Instituto de Ciências da Motricidade – ICM)
  • Laboratório de Neuroimunomodulação
    Responsável: Alexandre Giusti Paiva Barchuk (Instituto de Ciências Biomédicas – ICB)
Pesquisadores responsáveis pelos laboratórios instalados no Cebioex: Profa. Luciana Azevedo, Prof. Alexandre Giusti, Prof. Marcelo Silva, Prof. Angel Barchuk, Prof. Giovane Galdino, Profa. Josie Torres e Profa. Marisa Ionta. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

No 1º andar, estão localizadas as áreas comuns de experimentação e os laboratórios de Análises Nutricionais e Toxicológicas in vitro e in vivo (LANTIN), e de Neuroimunobiologia da Dor (LABNID).

Laboratório de Análises Nutricionais e Toxicológicas in vitro e in vivo

Conforme a professora Luciana Azevedo, responsável pelo LANTIN, há 15 anos o laboratório vem trabalhando com compostos naturais e sintéticos para serem aplicados pela indústria farmacêutica e pela indústria de alimentos, como novos ingredientes. “Nós procuramos sempre trabalhar com sustentabilidade, tanto no desenvolvimento de compostos quanto nas rotinas de análises, principalmente com o uso de resíduos”, conta. “Atualmente nós temos cinco projetos baseados na jabuticabeira, que é uma planta nativa brasileira. Nós usamos a folha dessa jabuticabeira para extrair proteína e compostos fenólicos, e fazer extrato da parte que tem maior número de compostos bioativos”, explica um dos projetos desenvolvidos.

Laboratório de Análises Nutricionais e Toxicológicas in vitro e in vivo (LANTIN). (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

A atividade biológica e a segurança desses compostos, segundo a pesquisadora, são testadas em culturas de células humanas normais e cancerosas, plasmodium falciparum que é o causador da malária, e em animais com câncer.

Ao longo desses anos, cerca de 100 acadêmicos de iniciação científica, mestrado e doutorado participaram de aproximadamente 20 projetos de pesquisa, desenvolvidos em parceria com instituições de outros países. “O LANTIN pode ser considerado uma rede de pesquisadores que inclui parceiros da UNIFAL-MG, de outras universidades brasileiras e também centros de pesquisas da Irlanda, Estados Unidos, Finlândia e Itália”, comenta, ressaltando as parcerias na produção científica. “Trabalhamos em projetos financiados pelo CNPq, CAPES, FAPEMIG e Luke/Finlândia, entre outros apoiadores”, acrescenta.

Laboratório de Neuroimunobiologia da Dor

No LABNID as pesquisas são voltadas para a investigação de mecanismos envolvidos na formação de diferentes modelos de dor, como a dor neuropática, pós-operatória e a dor muscular tardia. “A linha de pesquisa avalia o envolvimento de mediadores endógenos na antinocicepção promovida por tratamentos farmacológicos e não farmacológicos da dor”, explica o professor Giovane Galdino de Souza, responsável pelo Laboratório de Neuroimunobiologia.

Prof. Giovane Galdino, responsável pelo Laboratório de Neuroimunobiologia da Dor, explica a linha de pesquisa e como o espaço no CEBIOX será organizado. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

Segundo o pesquisador, mais de 15 projetos de iniciação científica, mestrado e doutorado já foram desenvolvidos no laboratório que agora ganha mais fôlego em um espaço ampliado com a mudança das instalações. “A mudança do Laboratório de Neuroimunobiologia da Dor para o Cebioex será essencial para a expansão de nossas pesquisas, além de permitir a admissão de um maior número de alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, devido ao maior espaço, estrutura e ao maior número de equipamentos multiusuários”, afirma.

Localizam-se no 2º andar, os laboratórios de Neurociência, Neuromodulação e Estudo da Dor (LANNED); de Biologia Molecular; de Avaliação de Protótipos Antitumorais (LAPAN), e de Neuroimunomodulação.

Laboratório de Neurociência, Neuromodulação e Estudo da Dor

Sob a responsabilidade dos professores Marcelo Lourenço da Silva e Josie Resende Torres da Silva, o Laboratório de Neurociência, Neuromodulação e Estudo da Dor é utilizado para estudo de modelos animais de transtornos do sistema nervoso central e periférico em ratos e camundongos. Ali, são desenvolvidas pesquisas que procuram analisar os mecanismos da dor crônica, assim como terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas para a neuromodulação da dor e suas comorbidades. 

“Os estudos translacionais fornecem conhecimento fundamental não apenas no desenvolvimento do conhecimento da área básica experimental, mas também contribuem significativamente para a prática clínica”, relatam os pesquisadores responsáveis.

Laboratório de Neurociência, Neuromodulação e Estudo da Dor é utilizado para estudo de modelos animais de transtornos do sistema nervoso central e periférico em ratos e camundongos. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

Os pesquisadores trabalham com modelo de pressão, modelo de temperatura e modelo de estresse e ansiedade, pelos quais investigam a resposta sensorial e simulam processos inflamatórios para testar intervenções não farmacológicas como laser, eletroacupuntura, eletroterapia e outros recursos da fototerapia.

“Por exemplo, quando estamos estudando extrato, uma planta que ninguém sabe o efeito, colocamos também um estudo comportamental, para ver se além de ter um efeito contra a dor, também tem um efeito contra o estresse, a ansiedade e a depressão”, detalha o professor Marcelo Silva.

Laboratório de Biologia Molecular

No Laboratório de Biologia Molecular são realizadas análises da expressão gênica em diversos modelos animais, com foco no desenvolvimento de insetos. Usando diversos equipamentos, como centrífugas refrigeradas, espectrofotômetros e analisadores genéticos, o laboratório tem a capacidade de identificar genes e os níveis e locais de expressão dentro dos organismos.

Prof. Angel Roberto Barchuk, líder do Laboratório de Biologia Molecular, afirma que o funcionamento no novo local, aumentará a frequência de atividades e o fluxo de estudantes. (Foto: Jaíne Reis Martins/Dicom)

“Com o estabelecimento da plataforma Oxford Nanopore, o laboratório poderá realizar análises genômicas, transcriptômicas e epigenômicas de diversos tipos de amostras biológicas. O emprego desta abordagem multi-ômica tem possibilitado a descoberta de eventos moleculares complexos, característicos dos sistemas biológicos. Por outro lado, estes eventos podem ser estudados após sofrerem diversos tipos de perturbações, como as provenientes de alterações provocadas pelo ambiente, afetando, assim, os diferentes reguladores homeostáticos dos organismos”, explica o pesquisador responsável, Prof. Angel Roberto Barchuk.

De acordo com ele, nos diversos sistemas biológicos, essas alterações podem conduzir a processos patológicos que reduzem a qualidade de vida e, até, ao surgimento de condições pouco compatíveis com a vida, o que resulta na diminuição das populações, como o caso das abelhas. Há mais de 20 anos, o pesquisador investiga os diferentes aspectos de como as castas de abelhas, tanto rainhas quanto operárias, se desenvolvem.

O grupo de pesquisa “Biologia da Socialidade”, liderado pelo pesquisador, integra uma rede multidisciplinar de pesquisadores que conta com acadêmicos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de técnicos, professores e pesquisadores da UNIFAL-MG e de instituições de ensino superior do país e do exterior, como Argentina, Austrália e Estados Unidos.

Ao comentar a mudança do laboratório para o Cebioex, o pesquisador afirma: “um espaço só para o Laboratório de Biologia Molecular permitirá maior eficácia no desenvolvimento de projetos de nosso grupo de pesquisa, Biologia da Socialidade.” Prof. Angel Roberto Barchuk argumenta que no novo local, aumentará a frequência de atividades e o fluxo de estudantes.

“O contato orientador-aluno também aumentará, assim como os momentos de aprendizado”, diz. “Por outro lado, o fato de o prédio Cebioex concentrar diversos laboratórios, com equipamentos multiusuários,  também ampliará a eficácia no desenvolvimento dos diversos projetos das diversas áreas em andamentos”, assegura.

Laboratório de Avaliação de Protótipos Antitumorais

Grupo de pesquisa do Laboratório de Avaliação de Protótipos Antitumorais, coordenado pela professora Marisa Ionta. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

No 2º andar, também foi instalado o Laboratório de Avaliação de Protótipos Antitumorais (LAPAN), liderado pela professora Marisa Ionta. Neste laboratório, são desenvolvidos projetos de pesquisa que buscam identificar novos candidatos a fármacos antineoplásicos, que são quimioterápicos utilizados no tratamento de algumas patologias como o câncer, por exemplo. Os projetos de pesquisa são voltados para o estudo de substâncias potencialmente ativas frente os cânceres de mama, pulmão, fígado e melanoma.

“Os estudos envolvem análises de microscopia confocal, citometria de fluxo e expressão gênica que permitem determinar os mecanismos de ação dos protótipos promissores e com potencial aplicabilidade clínica”, explica a pesquisadora.

Para a professora Marisa Ionta, a nova infraestrutura do laboratório instalado no Cebioex poderá absorver um número maior de estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado, contribuindo para a formação de recursos humanos qualificados e consolidação de Programas de Pós-Graduação da UNIFAL-MG. “Serpa possível aumentar a equipe de trabalho com a possibilidade de incorporar jovens pesquisadores e professores visitantes que têm expertise na área, o que certamente trará inovação tecnológica, aumento na qualidade da pesquisa e celeridade na obtenção dos resultados”, garante.

Segundo a pesquisadora, esses aspectos são extremamente relevantes e possibilitam ampliar o número de parcerias com instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais envolvidas com o desenvolvimento de fármacos e medicamentos. “Com as novas instalações, será possível estabelecer novas parcerias e captar maior aporte financeiro para o desenvolvimento de novas pesquisas”, acrescenta a pesquisadora.

Ao longo de 10 anos, o grupo de pesquisa produziu 34 artigos, os quais foram publicados em revistas científicas indexadas, divulgando à comunidade acadêmica alvos terapêuticos e protótipos candidatos a fármacos antineoplásicos com potencial a aplicabilidade clínica.

Essa produção científica é resultado de cerca de 20 projetos de pesquisa desenvolvidos em parceria com pesquisadores do Instituto de Química e Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG e com outras universidades públicas.

Laboratório de Neuroimunomodulação

Prof. Alexandre Giusti apresenta o espaço do Laboratório de Neuroimunomodulação que se dedica à investigação da modulação inflamatória em alterações comportamentais. (Foto: Ana Carolina Araújo/Dicom)

Liderado pelo professor Alexandre Giusti de Paiva, que também coordenou o projeto de criação do Centro de Biologia Experimental, o Laboratório de Neuroimunomodulação se dedica à investigação da modulação inflamatória em alterações comportamentais tais como depressão, ansiedade, resposta ao estresse e déficits cognitivos.

O grupo de pesquisa envolvido nas atividades do laboratório procura compreender, por exemplo, como a estimulação de células, provocada pelo estresse e/ou pelo uso de fármacos, atua no sistema nervoso central e afeta a expressão de doenças.

Conforme o pesquisador, no laboratório também é trabalhado um modelo experimental de autismo, utilizado para investigar as alterações do neurodesenvolvimento decorrente de infecção perinatal.