UNIFAL-MG avança na internacionalização ao oferecer dupla titulação para estudantes; curso de Ciência da Computação será o primeiro na modalidade em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança em Portugal
Por meio de um acordo de cooperação firmado com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), de Portugal, a UNIFAL-MG avança na internacionalização com a oportunidade de dupla titulação: modalidade que permite ao estudante cursar disciplinas e conquistar diploma nas duas instituições. Ciência da Computação será o primeiro curso de graduação da UNIFAL-MG a oferecer essa possibilidade.
De acordo com o professor Cláudio Umpierre Carlan, diretor de Relações Internacionais e Interinstitucionais (DRI) da UNIFAL-MG, o processo de dupla titulação com o Instituto Politécnico de Bragança foi iniciado em 2019, quando a Universidade assinou o convênio com a instituição portuguesa. “Infelizmente, por causa da pandemia, ficou parado nos anos de 2020 e 2021. Retomamos em 2022 e depois de uma série de reuniões, entre a DRI, IPT-Bragança e Ciência da Computação, foram definidos os critérios para dupla titulação, tanto para discentes da UNIFAL-MG quanto para os discentes do Instituto Politécnico de Bragança”, relata.
O acordo para dupla titulação do curso de Ciência da Computação foi assinado em Portugal, durante viagem do reitor da UNIFAL-MG, o professor Sandro Amadeu Cerveira, para participar do 31º Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP). Além da mobilidade de estudantes, o convênio prevê o intercâmbio de professores entre as duas instituições, assim como a produção de pesquisas e publicações conjuntas.
As normas de funcionamento da dupla titulação do curso de Ciência da Computação estão em fase de finalização. No momento, o colegiado, tanto do curso da UNIFAL-MG e quanto do curso do Instituto Politécnico de Bragança, está adequando as disciplinas para consolidação. “Nossos discentes poderão realizar seus estudos no IPT-Bragança, tendo o diploma reconhecido na União Europeia, tanto para estudo quanto para trabalho. Um grande ganho para toda nossa comunidade”, adianta o diretor de Relações Institucionais e Interinstitucionais.
Para o reitor da UNIFAL-MG, o convênio com o IPB é mais um passo para o fortalecimento da missão da Universidade, bem como para a política institucional de internacionalização. “Os convênios e parcerias internacionais que temos procurado ampliar na UNIFAL-MG, como é o caso desse acordo com o Instituto Politécnico de Bragança de Portugal, são fundamentais para nossa essência como universidade”, afirma. “Sem o diálogo, a troca, o debate e a cooperação internacional, nossa atuação no ensino, na pesquisa e na extensão ficaria empobrecida e perderia dinamismo”, acrescenta o professor Sandro Cerveira.
O diploma do egresso, conforme o reitor, terá valor tanto no Brasil como em Portugal e vice-versa, ampliando não apenas as oportunidades profissionais como também acadêmicas para os interessados em fazer pós-graduação na Europa. Na visão do gestor, o corpo docente de ambas as instituições também terá suas possibilidades de troca e colaboração maximizadas. “Desde que criamos nosso programa de Professor Visitante Estrangeiro já podemos ver como essa troca é benéfica para nossos programas e para o fortalecimento da produção científica em parceria”, salienta.
Ampliando cooperações multilaterais com universidades portuguesas e africanas
Em sua passagem por Portugal no mês de julho, para participar do Encontro Anual da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), sediado pela Universidade de Coimbra, o reitor aproveitou para estabelecer contatos tanto com o Instituto Politécnico de Bragança quanto com as demais universidades participantes do evento. “Nessa viagem, pude estabelecer promissores contatos com reitoras e reitores de universidades lusófonas, tanto de Portugal como da África”, revelou.
O evento, que discutiu trabalhos sobre a temática “Globalização, Tecnologia e Saúde”, teve como proposta abordar os desafios globais enfrentados pelos países de língua portuguesa no âmbito social, cultural, da formação acadêmica, das ações de desenvolvimento necessárias ao ensino superior. Na oportunidade, os dirigentes de universidades do Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Portugal definiram os novos rumos da cooperação internacional.
Segundo o reitor, nas reuniões entre reitores brasileiros e reitores portugueses e africanos ficou evidente o interesse de todos em ampliar as cooperações multilaterais. “Entendo ser estratégico que nós não fiquemos de fora dessas redes sob pena de perdermos e muito em todas as dimensões do ser universidade”, pontuou. “Se queremos ser uma Universidade relevante e potente não apenas em nossa região, mas para o país, precisamos ser uma Universidade que dialoga e transita nos espaços inter e transnacionais de produção e disseminação do conhecimento científico”, finaliza.
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