UNIFAL-MG é representada em conferência internacional na área de Ciências Forenses; trabalhos em destaque abordam parâmetros craniométricos de crânios sul-mineiros e atuação da Liga Acadêmica de Ciências Forenses (LACFor)

Pesquisadores do Departamento de Anatomia, do Instituto de Ciências Biomédicas da UNIFAL-MG, e membros da Liga Acadêmica de Ciências Forenses (LACFor) conduziram estudos na área de Antropologia Forense com o objetivo de analisar parâmetros craniométricos de crânios secos de indivíduos do Sul de Minas. Os trabalhos foram apresentados na Conferência Internacional de Ciências Forenses (Interforensic) 2021, realizada entre os dias 2 e 5 de novembro, em Foz do Iguaçu. Na oportunidade, a pesquisa “A importância da Liga Acadêmica de Ciências Forenses (LACFor) da UNIFAL-MG na disseminação do conhecimento” foi premiada em uma das áreas temáticas.

A professora Alessandra Esteves é coordenadora da LACFor. (Foto: Arquivo Pessoal)

Considerando a Antropologia Forense, um método seguro e de baixo custo, como forma de auxílio na perícia criminal, as pesquisas se basearam na correta identificação de ossadas, mediante padrões calculados e comparados. “Como, atualmente, o Brasil conta com uma porcentagem significativa de homicídios, acidentes de grandes proporções e desastres naturais, é de extrema importância o trabalho dos antropologistas forenses. No Brasil, existe uma carência de dados antropométricos, que são de suma importância dado o alto grau de miscigenação”, explicou a professora Alessandra Esteves, do Instituto de Ciências Biomédicas. 

Para os estudos, foram utilizados crânios do acervo do Departamento de Anatomia da UNIFAL-MG, obtidos de acordo com a Lei nº 8501, de 1992, que trata do uso de cadáveres não reclamados para fins didáticos e pesquisas. A pesquisa foi submetida e aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade.

“Os resultados mostram a importância de referenciar a população brasileira, em especial para cada região geográfica, considerando a presença de várias características nos diferentes sexos, bem como nas diferentes ancestralidades em um mesmo indivíduo e na mesma população. Os estudos contribuem para identificação de pessoas desaparecidas ou não identificadas e, assim, para auxílio à justiça”, completou a Profa. Alessandra Esteves. 

Apresentação de trabalho no Interforensic. (Foto: Arquivo Pessoal)

A primeira pesquisa se intitula “Análise antropométrica do palato duro e forma do arco alveolar em crânios secos dentados encontrados em território sul-mineiro”, de autoria do Prof. Wagner Costa Rossi Junior e da Profa. Alessandra Esteves, com a colaboração do servidor Wagner Corsini e da médica Yara Vieira Lemos. As outras duas são “Estudo comparativo do forame magno e dos côndilos occipitais em crânios secos: análise craniométrica” e “Análise craniométrica para determinação de ancestralidade em crânios secos de sul-mineiros”. Ambas fazem parte do Trabalho Final de Curso (TFC) do curso de Especialização em Ciências Forenses-Perícia Criminal dos docentes Wagner Rossi e Alessandra Esteves, com colaboração da Profa. Ana Paula de Souza Velloso, da Faculdade Volpe Miele (FMV/IPEBJ).

Já a pesquisa “A importância da Liga Acadêmica de Ciências Forenses (LACFor) da UNIFAL-MG na disseminação do conhecimento”, premiada no Interforensic, aborda os objetivos da Liga: difundir os conhecimentos das diferentes Ciências Forenses, promover a multidisciplinaridade por meio de eventos científicos com profissionais peritos, legistas e cientistas forenses e, periodicamente, publicar nas mídias sociais temas de relevância.

Foto da cerimônia de premiação de trabalho da UNIFAL-MG. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Além disso, a Liga Acadêmica também desenvolve projetos de pesquisa em diferentes áreas das Ciências Forenses.  Desde sua criação, em abril de 2021, já desenvolveu eventos científicos como a Aula Inaugural, intitulada ‘Desastres da mineração sob a ótica da antropologia forense’, com a médica legista de Belo Horizonte Yara Vieira Lemos, e a palestra com o presidente da Associação de Peritos Criminais Federais, Marcos de Almeida Camargo, sobre o tema ‘A importância dos convênios estabelecidos entre a Polícia Federal e as Universidades Públicas’”, relembrou a professora.

A Liga também promoveu o 1° Simpósio Multidisciplinar de Ciências Forenses, com a participação de peritos de renome nacional e internacional. “Juntos, esses três eventos contaram com um público de quase 700 pessoas”, salientou a docente.  

O evento ocorreu entre os dias 2 e 5 de novembro, em Foz do Iguaçu. (Foto: Arquivo Pessoal)

Os autores do estudo premiado são Profa. Alessandra Esteves, coordenadora da LACFor; Prof. Wagner Costa Rossi Junior, vice-coordenador da LACFor; Beatriz Rezende Bergo, discente do curso de Odontologia; Cristiely Borba de Oliveira, discente do curso de Enfermagem; Gustavo Christian Quintino da Silva, discente do curso de Farmácia; Isadora Maria de Souza e Silva, discente do curso de Medicina; Laura Mariane Dias Silva, discente do curso de Odontologia; Lara da Costa Moreira, discente do curso de Fisioterapia; Luana Roberta Martins Milan, discente do curso de Enfermagem; e Thayla Eugênia da Silva Tomé, discente do curso de Biomedicina.

Saiba mais

O evento Interforensic, realizado pela Academia Brasileira de Ciências Forenses (ABCF), reuniu importantes nomes de áreas forenses, como peritos criminais estaduais e federais, delegados, juízes, advogados, integrantes do Ministério Público, membros da Cruz Vermelha Internacional e membros das Secretarias de Segurança Pública das esferas estaduais e federal, além do corpo docente e discente de universidades.

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