O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou os resultados finais de seus Editais de Produtividade em Pesquisa (Pq) e Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT). A UNIFAL-MG teve onze docentes contemplados com Bolsas de Pq e 1 docente com Bolsa de DT. Destes, 8 docentes conseguiram a renovação de sua bolsa e 4 são novos bolsistas. Com isso, a UNIFAL-MG manteve o número de docentes incentivados pelo CNPq com estas modalidades de bolsas.
Os novos bolsistas de produtividade são os docentes Angel Roberto Barchuk (Instituto de Ciências Biomédicas-ICB), Daniela Aparecida Chagas de Paula (Instituto de Química-IQ), Luciana Azevedo (Faculdade de Nutrição-Fanut) e Neide Aparecida Mariano (Instituto de Ciência e Tecnologia-ICT). Para renovação foram aprovados os pesquisadores Alexandre Giusti Paiva (ICB), Fabricio Jose Pereira (Instituto de Ciências da Natureza-ICN), Fernando Gonçalves Gardim (ICT), Gael Yves Poirier (ICT), Luis Antônio Groppo (Instituto de Ciências Humanas e Letras-ICHL), Luiz Felipe Leomil Coelho (ICB), Marcelo Goncalves Vivas (ICT), Mateus Freire Leite (Faculdade de Ciências Farmacêuticas-FCF) e Thiago Correa de Souza (ICN).
Com o resultado, o Instituto de Ciências Biológicas (ICB), sediado em Alfenas, e o Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), do campus Poços de Caldas, ambos com 6 bolsas, são as unidades acadêmicas com o maior número de bolsistas de produtividade do CNPq. Os dois institutos são seguidos pelo Instituto de Química (IQ) que possui 4 bolsas.
Para a professora Ana Olivia Barufi Franco de Magalhães, vice-diretora do ICT, as bolsas de produtividade contribuem diretamente para o desenvolvimento da ciência no Brasil. A docente ressalta que as pesquisas visam, muitas vezes, a solução de problemas do cotidiano. “Merece ser destacado também o rigor para a seleção desses bolsistas porque os auxílios são concedidos, sobretudo, a pesquisadores que possuam produção científica/tecnológica de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento”, destacou.
O professor Luis Antônio Groppo, coordenador de Pesquisa da UNIFAL-MG e que também é bolsista de produtividade, reforça a importância das bolsas para incentivar que mais docentes possam dedicar mais tempo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico (DT). Além das pesquisas, os pesquisadores contribuem com o campo da Ciência e Tecnologia (C&T) com a avaliação de propostas submetidas à agência de fomento e, também, interligam a universidade e as agências de pesquisa, em especial o próprio CNPq.
“A iniciativa do CNPq contribuiu para formar um grande corpo de pesquisadores ligados à agência, que possibilitou um relevante conjunto de práticas, saberes e processos na institucionalização e crescimento da C&T no Brasil”, disse Luis Groppo. No caso de bolsas nível 1, conforme explicou o coordenador de pesquisa da UNIFAL-MG, o pesquisador recebe uma bolsa fixa e uma taxa de bancada para apoio nos custos da pesquisa. Ainda assim, os valores apoiados não são reajustados desde 2013.
Na avaliação do professor Groppo, a falta de reajuste pode reduzir o envolvimento dos pesquisadores e a atratividade do programa. “Há de se informar, entretanto, que com o corte nos recursos do CNPq, drásticos, nos últimos anos, diversos pesquisadores têm se habilitado para a concessão da bolsa produtividade, mas não têm conseguido receber. Isso prejudica um programa de grande importância para a pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (DT) no Brasil”, completou.
Mesmo com os pontos positivos da ação, a redução de recursos do programa é um risco e retrocesso na Ciência e Tecnologia no país. “Apesar dessa dificuldade, a UNIFAL-MG tem conseguido, em geral, que atuais pesquisadores tenham suas bolsas pelo menos renovadas – mesmo quando não conseguem subir de nível – e, até mesmo, tenhamos novos bolsistas. São indicadores da qualidade e esforço de nossos pesquisadores”, lembrou o coordenador de Pesquisa da UNIFAL-MG.
O que faz um bolsista de produtividade do CNPq
Conforme explicação do professor Luis Groppo, para ser bolsista produtividade, o docente deve atender critérios definidos pelo CNPq relativos à qualidade e quantidade de produção científica e tecnológica, bem como atuar na formação de pesquisadores, participação na gestão acadêmica e internacionalização. Para seleção, o proponente à bolsa ainda precisa apresentar um projeto de pesquisa ou DT de qualidade que será avaliado pelos pares.
“A bolsa produtividade é um ‘prêmio’ aos pesquisadores e inovadores que fizeram ações de C&T mais efetivas e com mais resultados, que têm formado mais novos pesquisadores e inovadores e, também, participado de avaliações de programas institucionais, dedicado à gestão acadêmica e ajudado na internacionalização. São tarefas ou metas de todos os docentes com dedicação exclusiva, em período integral e a bolsa é mais um indicador de servidores que têm atendido melhor estas funções da docência”, ressaltou o professor Groppo.
“É claro, poderia se debater sobre a criação de outros programas mais efetivos, considerando a etapa alcançada pela C&T no Brasil, principalmente, romper com certos ranços patrimonialistas ainda presentes no campo acadêmico. Mas não, simplesmente, esvaziar o programa – assim como tem sido feito com todos os demais programas de C&T no Brasil nos últimos anos”, alertou.
O bolsista de produtividade deve apresentar relatórios a cada 3 anos (bolsistas nível 2) ou 4 anos (nível 1) ao CNPq e deve, obrigatoriamente, atuar como avaliador de propostas enviadas ao CNPq, participar de comissões externas de avaliação de programas institucionais patrocinados pelo CNPq.
Bolsista do CNPq desde 2006, antes mesmo de ser professor da UNIFAL-MG, o professor Groppo ressalta que a condição de bolsista do CNPq abre muitas portas, permite muitos diálogos e facilita relações interinstitucionais. “A condição ajuda a trazer prestígio e reconhecimento às instituições onde atuo, como a UNIFAL-MG, ou a Programas, como o Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da UNIFAL-MG, ajudando na sua avaliação institucional”, finalizou.
Conheça os atuais pesquisadores com bolsas de produtividade em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da UNIFAL-MG:
Adriano Aguiar Mendes (IQ) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Alexandre Giusti-Paiva (ICB) – Nível PQ-1D – Currículo Lattes
Alfeu Saraiva Ramos (ICT) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Angel Roberto Barchuk (ICB) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Antonio Carlos Doriguetto – IQ – Nível PQ-1D – Currículo Lattes
Claudio Viegas Junior (IQ) – PQ-2 – Currículo Lattes
Daniela Aparecida Chagas de Paula (IQ) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Eduardo Costa de Figueiredo (FCF) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Eva Burger (ICB) – PQ-2 – Currículo Lattes
Fabricio Jose Pereira (ICN) – Nível PQ-1D – Currículo Lattes
Fernando Gonçalves Gardim (ICT) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Flavio Nunes Ramos (ICN) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Gäel Yves Poirier (ICT) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Giovane Galdino de Souza (ICM) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Ihosvany Camps Rodríguez (ICEX) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Luciana Azevedo (Fanut) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Luis Antônio Groppo (ICHL) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Luiz Felipe Leomil Coelho (ICB) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Marcelo Gonçalves Vivas (ICT) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Marcos José Marques (ICB) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Mateus Freire Leite (FCF) – Nível D-2 – Currículo Lattes
Neide Aparecida Mariano (ICT) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Rodrigo Rocha Cuzinatto (ICT) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Rômulo Dias Novaes (ICB) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes
Thiago Correa de Souza (ICN) – Nível PQ-2 – Currículo Lattes