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Projeto da UNIFAL-MG promove capacitação em Farmacovigilância aos profissionais de saúde da Santa Casa de Alfenas-MG; evento possibilita implantação de serviço para notificar Eventos Adversos a Medicamentos (EAM)

O Centro de Farmacovigilância (CEFAL) da UNIFAL-MG, em parceria com a Santa Casa de Alfenas, promoveu a capacitação em farmacovigilância de profissionais de saúde do hospital. As atividades foram realizadas de 8 a 12 de agosto, das 16h às 17h30, no auditório da Santa Casa. Quem ministrou as palestras foi a farmacêutica Danielle Aparecida Ferreira de Oliveira Marrafon, membro do CEFAL, com a participação de estudantes de Farmácia e Biomedicina da Universidade. Mais de 150 profissionais foram capacitados. 

Após a iniciativa, os colaboradores da Santa Casa passarão a notificar os Eventos Adversos a Medicamentos (EAM) ocorridos no hospital, pelo site do CEFAL, consolidando a implantação desse serviço hospitalar. Os cursos abordaram os seguintes temas: etapas de desenvolvimento de medicamentos; notificação como ferramenta em farmacovigilância; quem, onde e como notificar e quais EAM notificáveis. 

O CEFAL é um projeto vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL-MG, setor responsável por receber e encaminhar notificações de EAM ao órgão regulador, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e às indústrias farmacêuticas. O projeto está sob coordenação do professor Ricardo Radighieri Rascado, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas. 

Conforme explicado pela servidora, os EAM estão relacionados a altas taxas de morbimortalidade, impactando os custos dos sistemas de saúde e a segurança dos usuários de medicamentos. “Dessa forma, a notificação espontânea é a principal ferramenta para a identificação desses EAM. Porém, o grande problema em farmacovigilância é a subnotificação que está relacionada, especialmente, ao desconhecimento pelos profissionais de saúde”, destacou. “Assim, a capacitação é o principal instrumento para o reconhecimento e notificação dos EAM, favorecendo a segurança e o uso racional dos medicamentos”, finalizou a farmacêutica.

Segundo a servidora técnico-administrativa Danielle Marrafon, a Farmacovigilância Hospitalar favorecerá a gestão do risco, contribuindo para a aquisição e utilização de medicamentos mais seguros e eficazes na prática clínica, bem como para o abastecimento do banco de dados da ANVISA, que é responsável por implementar medidas relacionadas à segurança dos medicamentos.

Confira, abaixo, os relatos dos estudantes que participaram da capacitação.

Érica Thaís Santana (Foto: Arquivo Pessoal)

Érica Thaís Santana, membro CEFAL e discente de Farmácia da UNIFAL-MG:

“Participando dessa capacitação foi possível observar a importância da farmacovigilância ser implantada nos hospitais, e também da importância de serem realizadas capacitações sobre o assunto para os funcionários, pois, com a visita, foi possível observar que a maioria não sabia do assunto e nem como eles poderiam notificar os Eventos Adversos. Poder participar dessa capacitação e auxiliar foi uma experiência incrível e enriquecedora, pois foi possível ter contato direto com os funcionários e ver de perto a evolução destes ao fim do curso”.

Iago da Silva Leal (Foto: Arquivo Pessoal)

Iago da Silva Leal, membro CEFAL e discente de Farmácia da UNIFAL-MG:

“Ao acompanhar a aplicação do curso de farmacovigilância para os profissionais de enfermagem na Santa Casa, pude ver o quão agregador foi a capacitação, visto que estes profissionais sabiam muito pouco sobre a farmacovigilância e a sua importância tanto para o hospital quanto para os pacientes. Além disso, podemos ver o quão agregadora a universidade pode ser para comunidade, principalmente na educação em saúde. Falar de farmacovigilância é falar sobre segurança medicamentosa, uso racional de medicamentos, eventos adversos a medicamentos, ou seja, é falar sobre o cuidado com a terapia medicamentosa do paciente, desde prescrição até a administração. Em vista disso, farmacovigilância é algo que se torna imprescindível, principalmente em um ambiente hospitalar”.

João Victor Silva Ferreira (Foto: Arquivo Pessoal)

João Victor Silva Ferreira, membro CEFAL e discente de Biomedicina da UNIFAL-MG:

“A palestra apresentada foi de grande valia, uma vez que o público que foi contemplado passa por uma grande demanda de pacientes todos os dias, e, muitas vezes, pacientes que permanecem por lá por motivos da falta de efetividade terapêutica. A farmacovigilância aborda sim a temática de prevenir, notificar e coordenar atos regulatórios que aumentem essa efetividade e a eficácia terapêutica, proporcionando concomitantemente a melhora do paciente e também a diminuição de gastos provenientes da Instituição Hospitalar. Tal experiência só teve o que somar na minha vivência acadêmica e fará grande diferença no meu repertório, tanto profissional, quanto pessoal. Dessa forma, poderemos aumentar a oferta para diferentes ambientes de saúde que visam à melhora efetiva do sistema de gestão em saúde pública e particular, fomentando a melhor qualidade de vida de todos.”

Luiza Mello (Foto: Arquivo Pessoal)

Luiza Mello, membro CEFAL e discente de Farmácia da UNIFAL-MG:

“Achei enriquecedor acompanhar a capacitação, sempre aprendemos um pouquinho cada vez mais. A farmacêutica Danielle fez com que as explicações ficassem bem leves e fluidas. Estar presente na Santa Casa foi muito importante para ver com meus próprios olhos como a farmacovigilância é essencial nos hospitais, e pouco praticada, por isso nosso papel como disseminadores de informações, levando cada vez mais conteúdo e projetos são importantes”.

 

Fotos do evento (Foto: Arquivo Pessoal/Danielle Marrafon)

*Jaíne Reis Martins é estagiária da Diretoria de Comunicação Social da UNIFAL-MG