“A Análise Crítica do Discurso em Norman Fairclough e os gêneros discursivos como elementos para a compreensão da política cognitiva e do funcionamento das organizações” – Fernanda Mitsue Soares Onuma

Tudo o que não está enunciado não tem como ser socialmente compartilhado, portanto, como se enuncia? Essa é uma questão que o mais novo lançamento da Editora Fi, “Discursos e Organizações”, busca responder e tem levado professores e pesquisadores à reflexão. Uma das colaboradoras da publicação é a professora Fernanda Mitsue Soares Onuma, do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UNIFAL-MG.

O e-book, organizado pelos professores professores Luiz Alex Silva Saraiva, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Georgiana Luna Batina, da Universidade Federal do Paraná (UTFPR), objetiva constituir um espaço de estímulo e veiculação de pensamento contra-hegemônico no campo de Estudos Organizacionais, em estreita interface com temáticas sociais.

A elaboração do conteúdo conta com 18 profissionais dedicados à construção do pensamento em suas áreas de atuação, entre eles a professora Fernanda Mitsue Soares Onuma, do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UNIFAL-MG, autora do 7º capítulo da obra, intitulado “A Análise Crítica do Discurso em Norman Fairclough e os gêneros discursivos como elementos para a compreensão da política cognitiva e do funcionamento das organizações”.

Fernanda Onuma está entre os autores do livro. (Foto: arquivo pessoal)

De acordo com os organizadores do livro, no 7º capítulo, a Profa. Fernanda Onuma defendeu o argumento de que a Análise Crítica do Discurso é capaz de não apenas desvelar o fenômeno da política cognitiva, mas demonstrar também como os elementos da vida social – como semioses e práticas sociais – interagem dialeticamente na produção das organizações.

Além disso, ressalta a ausência de um importante elemento da análise das práticas discursivas na abordagem faircloughiana, cujo potencial teórico e prático tem sido negligenciado dentro dos estudos organizacionais: os gêneros discursivos. “Dessa forma, apresenta uma análise empírica do caso da Samarco e o conceito de política cognitiva, conduzindo sua análise para descobrir como a organização utilizou a escolha de gêneros discursivos para controlar sua imagem empresarial após a ruptura da Barragem de Fundão”, explicaram os organizadores.

Em 364 páginas, divididas em 11 capítulos, o leitor é levado a conhecer interfaces e aportes teórico-metodológicos possíveis ao estudo dos temas dos discursos e das organizações. Abrindo a temática, Georgiana Batinga e Luiz Saraiva, no capítulo “Discursos e Organizações: o que, como e porquê”, defendem a centralidade do discurso na vida e seu lugar de vinculação entre a linguagem e a realidade social.

O livro é voltado para estudantes, docentes, pesquisadores em Estudos Organizacionais e demais pessoas interessadas em conhecer os estudos sobre discurso. É possível acessá-lo gratuitamente pelo site da Editora Fi, por meio do link: https://www.editorafi.org/ebook/629discursos.

*Jaíne Reis Martins é estagiária da Diretoria de Comunicação Social da UNIFAL-MG