Projeto “Comunidade de Práticas” busca fomentar integração e protagonismo docente no processo de desenvolvimento profissional; ação agrega atividades do Prodoc na UNIFAL-MG

As exigências formativas estabelecidas a partir de 2020, devido à pandemia de Covid-19, levaram os servidores da UNIFAL-MG a buscarem alternativas para reorganização do Programa de Desenvolvimento Profissional e Formação Pedagógica Docente (Prodoc). Hoje, após avançar em seus objetivos ampliando redes que promovam a efetiva aprendizagem da docência, o Departamento de Apoio Pedagógico (DAP/Prograd) tem desenvolvido o projeto “Comunidade de Práticas Docentes”, a fim de promover mudanças profundas na cultura de formação docente nos três campi da Instituição.

“Desde 2020 temos realizado o Prodoc virtualmente e isso fez o número de participantes crescer bastante. Esse aumento na participação e a necessidade de conhecer novas experiências que trouxessem respostas para as dificuldades que os docentes passaram a enfrentar no processo pedagógico levou a uma solicitação corrente de construirmos uma comunidade em que os professores pudessem partilhar experiências e estudar temas de interesse comum. A Comunidade de Práticas tem essa perspectiva”, contou uma das coordenadoras da ação, a pedagoga do campus Poços de Caldas, Amanda Rezende Costa Xavier.

De acordo com a proposta, as Comunidades de Práticas (CoP) são definidas como um agrupamento de pessoas que têm distintos conhecimentos, competências e experiências, mas que partilham interesses e perspectivas comuns. Dessa forma, o projeto atende todo o quadro docente da UNIFAL-MG e se estende aos Técnicos Administrativos em Educação – TAE, visto que eles também desempenham atividades que se relacionam à dimensão pedagógica.

Docente de ensino superior há 12 anos, a Profa. Carolina afirma: “venho de um curso de bacharelado, onde não tive disciplinas que me preparassem para ser docente. A capacitação para atuar veio da prática e do Prodoc, que me abriu portas para buscar por cursos externos”. (Foto: arquivo pessoal)

A professora do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), Carolina Del Roveri, faz parte da comissão organizadora da CoP e ministra a oficina de “Sala de Aula Invertida”. Segundo ela, a ideia surgiu logo após trabalhos desenvolvidos como desdobramento do Prodoc. “A vontade de dividir com outras pessoas nossas descobertas e nossos anseios foi grande. Queríamos que todos pudessem ter a sensação do “você não está só!”, “também tive essa experiência” e “vamos aprender juntos!”, revelou.

Integrante também do grupo de estudos de “Técnicas de Ensino e Estratégias Pedagógicas” da CoP, a Profa. Carolina está envolvida, nos meses de junho e julho, nas discussões sobre como melhorar as práticas docentes e quais técnicas podem ser utilizadas para ajudar os discentes a manterem o foco nas aulas, para que as atividades na volta ao ensino presencial não sejam cansativas. Para ela, há muitas metas a serem alcançadas até o final de 2022 em relação à comunidade. “Pensando como organizadora, nossa maior meta é conseguir mais participantes de toda a universidade para que tenhamos mais a partilhar e formemos uma rede sólida. Com a comunidade acadêmica tendo este cuidado coletivo na forma de ensinar, partilhando dificuldades e experiências que deram certo, podemos melhorar nosso ensino de forma geral”, disse.

Profa. Gabriela Itagiba é uma das coordenadoras da CoP. (Foto: arquivo pessoal)

A professora do curso de Medicina, Gabriela Itagiba, também é uma das participantes do projeto e integra o grupo de estudo de tema “Avaliação”. Segundo Gabriela, um dos desafios para a CoP é desenvolver estratégias para garantir o engajamento e vencer a barreira da falta de tempo devido às múltiplas tarefas que o docente precisa desempenhar. “Acredito que a CoP promoverá melhoria das nossas práticas docentes com aprimoramento profissional em direção ao ensino centrado no estudante.
O aprendizado e as partilhas promovem a integração entre os docentes que se sentem mais realizados com o próprio trabalho. Espero que a comunidade cresça, se fortaleça e que sejam reconhecidas as práticas inovadoras”, afirmou.

Além das professoras Carolina e Gabriela, as pedagogas Luciana Maria Oliveira Ribeiro e Edna de Oliveira, juntamente com Amanda Rezende, formam a equipe de coordenação da CoP. Para elas, a comunidade formada deve ser um projeto permanente do Prodoc. “As mudanças nas práticas acontecem à medida em que os professores vão construindo novos conhecimentos. Por isso, a CoP não tem data de validade. Essa comunidade favorece a permanente aprendizagem da docência, e isso, por consequência, impacta a formação que levamos até o estudante”, ressaltam.

A inscrição na Comunidade de Práticas é permanente e pode ser realizada a qualquer tempo, tanto por docentes, quanto por TAEs da UNIFAL-MG. Para se inscrever, basta acessar o Sistema Prodoc, preencher os dados e o interessado receberá o link para participação nos encontros.

Confira na galeria os boletins informativos dos encontros já realizados: