:: Boletim Epidemiológico Nº 32 – 26/07/2021 – Situação epidêmica de Covid-19 em Minas Gerais e no sul de Minas

A edição nº 32 do boletim IndCovid mostra que a semana iniciou com piora no quadro epidemiológico de Minas Gerais: manteve-se estável a incidência, mas com novas internações e óbitos, indo de diminuição para estabilidade. Essa piora pode estar associada à manutenção do crescimento de novas internações na região Sudeste, somando-se a essa situação agora as regiões Sul, Triângulo Norte e Vale do Aço, que há uma semana apresentavam diminuição. Interrompendo três semanas seguidas de diminuição em novas mortes, o estado voltou à estabilidade nesse indicador. Há uma semana apenas a região Leste apresentava tendência de crescimento, agora assim estão Jequitinhonha, Norte e Sudeste.

Relaxamento das medidas de prevenção: os indicadores mostram que é prematuro o relaxamento das medidas de prevenção. Embora não aumentando, a incidência ainda está alta e o aumento de internações e óbitos pode ocorrer pela facilitação do contágio das variantes gama e delta. Essa facilitação em grupos de risco mesmo já vacinados pode aumentar casos de internação e mortes nessa população.

Incidência, novos casos, internações e óbitos na região sul de Minas: há seis semanas a taxa de incidência diária vem caindo em Minas Gerais e na região Sul. Contudo, o nível de incidência diária por habitante na região sul-mineira ainda é maior do que o registrado no começo de 2021. A média diária de novos casos na semana (778) voltou a ficar abaixo de 1.000. Mas, a tendência de novas internações diárias voltou a subir, de 71 para 108. Esse número não ficava acima de 100 desde o último dia 02 de julho. Em novos óbitos, a região registrou tendência de diminuição pela quarta semana seguida, exceto na regional de Pouso Alegre que passou para crescimento. O número médio de óbitos diários caiu de 25 para 22. A piora em Minas Gerais e a volta da região Sul para a tendência de crescimento de novas internações reforça o alerta de que é cedo para relaxar em medidas de prevenção.

Disparidade de cobertura vacinal: em relação ao início do ano, ainda registramos diariamente 73% a mais de novos casos, o triplo de novos óbitos e, de novo, mais do que o triplo de internações. Preocupa a grande disparidade de cobertura vacinal completa na região Sul, variando de 11% até 30%. Na região como um todo esse número é de 17%. É necessário atingir ao menos 70% para diminuir em grande proporção não apenas mortes, mas também novos casos.

Registro de incidência entre os municípios mais populosos da região: entre os dez mais populosos municípios sul-mineiros, após quatro semanas sem registro de tendência de crescimento da incidência, São Sebastião do Paraíso registrou aumento nesse indicador. Passos e Lavras  mantiveram estabilidade, mas Pouso Alegre e Varginha que estavam em diminuição foram também para estabilidade. Na tendência de novas internações, Poços de Caldas, Alfenas, Três Corações e São Sebastião do Paraíso mantiveram tendência de queda. Melhoraram Varginha que foi de estabilidade para diminuição e Três Pontas que foi de crescimento para diminuição. Piorou Pouso Alegre que foi de diminuição para estabilidade. Mais preocupante é a situação de Itajubá que manteve pela terceira semana a tendência de crescimento em internações. Em novos óbitos a tendência de crescimento, que havia apenas em Alfenas (que evoluiu para estabilidade), se apresentou em Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha e São Sebastião do Paraíso. Mantiveram tendência de queda nesse indicador: Passos, Lavras, Itajubá e Três Pontas. Três Corações melhorou de estabilidade para diminuição em novos óbitos. Considerando os três indicadores houve piora do quadro epidemiológico no conjunto desses municípios. Acesse na íntegra