:: Boletim Epidemiológico nº 26 – 14/06/2021 – Situação epidêmica de Covid-19 em Minas Gerais e no sul de Minas

A edição nº 26 do boletim mostra que as regiões Triângulo Sul e Sul têm sido as regiões com maior contágio de Covid-19 em Minas Gerais. O intenso fluxo comercial, turístico, social e sanitário com o território paulista e, no caso do Sul de Minas, a ligação com Belo Horizonte a partir do eixo da Fernão Dias, podem ter contribuído para essa situação. Mas é a região Sul atualmente a mais atingida pela pandemia. Ao longo do último mês a região observou o maior contágio e número de internações por habitante.

Efeito das aglomerações do feriado de Corpus Christi: em Minas Gerais, o efeito das aglomerações do feriado de Corpus Christi pode ter impulsionado a incidência. Mesmo mantendo tendência de estabilidade, os novos casos foram de um crescimento de -1% em 07 de junho para + 13% uma semana depois. As regiões Centro, Jequitinhonha, Noroeste e Norte apresentaram crescimento na incidência em 14 de junho, uma semana antes apenas as regiões Norte e Triângulo Norte apresentavam essa situação. Diminuíram a tendência de novos casos a Sudeste e Triângulo Sul, há uma semana cinco regiões estavam nessa situação. As outras oito regiões apresentaram estabilidade. Em internações, Minas Gerais passou de -28% para +16%. Apresentaram crescimento as regiões Centro, Nordeste, Oeste, Sul, Triângulo Norte e Vale do Aço, sendo que uma semana antes nenhuma região mineira estava nessa situação. Houve redução na Centro Sul, Leste e Triângulo Sul; há uma semana, seis apresentaram redução. Esse quadro levou o estado à tendência de crescimento em novas internações. A tendência de novas mortes permaneceu estável em Minas Gerais, mas com crescimento nas regiões Nordeste, Noroeste e Sul. Uma semana antes apenas a região Leste apresentava essa situação. Em oito regiões foi observada estabilidade em novas mortes e nas regiões Jequitinhonha, Leste e Vale do Aço houve tendência de diminuição.

Tendência de estabilidade em novos casos:  em 14 de junho, pela segunda semana seguida, o Sul de Minas registrou tendência de estabilidade em novos casos. No entanto, internações e óbitos apresentaram crescimento. Embora estável, a incidência se mantém no mais alto patamar. No último dia 12 o sul mineiro bateu mais um recorde da média móvel diária de casos na semana, com 2.069. Isso tem feito a média diária de novas internações na semana ficar acima de 100 na região (145 em 14 de junho) e de mortes acima de 30 (38 em 14 de junho). Duas semanas após o final da Onda Roxa na região Sul observamos uma redução na média diária de novos casos na semana. Porém, a partir da terceira semana após a atenuação das medidas observamos aumento contínuo desse indicador.

Aumento no ritmo de internações na região sul-mineira: o destaque negativo na região foi o aumento no ritmo de internações, que de estabilidade (+8%) passou para crescimento, com +52% na região nesta última segunda-feira. No Sul de Minas, os novos óbitos também passaram de estabilidade para crescimento. A regional de Alfenas se destaca pelo aumento de -11% (estabilidade) para +159% (crescimento). Entre os dez mais populosos municípios do Sul de Minas, Pouso Alegre, Varginha, Itajubá, Alfenas e São Sebastião do Paraíso apresentaram crescimento no número de novos casos, os demais apresentaram estabilidade (Poços de Caldas, Passos e Três Pontas) ou diminuição (Lavras e Três Corações). Em internações, 6 desses 10 municípios apresentaram crescimento (Poços de Caldas, Pouso Alegre, Itajubá, Alfenas, Três Corações e Três Pontas). Nesse sentido, Poços de Caldas apresenta a pior trajetória, registrando um aumento de 717% em 14 de junho. Em estabilidade observamos Passos e São Sebastião do Paraíso, com diminuição de novas internações em Varginha e Lavras. O crescimento de novas mortes foi observado em 6 desses dez municípios (Poços de Caldas, Pouso Alegre, Itajubá, Alfenas, Três Corações e São Sebastião do Paraíso). Varginha apresentou estabilidade nesse indicador e Passos, Lavras e Três Pontas apresentaram diminuição. Acesse na íntegra