:: Boletim Epidemiológico N° 79 – 20/06/2022 – Situação epidêmica de covid-19 em Minas Gerais e no sul de Minas

“A segunda onda da ômicron estaria terminando?”, essa é a pergunta que abre o boletim da semana. Conforme os pesquisadores, após um mês e meio de crescimento, há quase uma semana observamos interrupção no aumento de novos casos de covid-19. É necessário ainda observarmos a evolução por mais uma semana pelo menos. Mas isso estaria coerente com o tempo que a curva da variante ômicron tem levado para atingir seu máximo antes de declinar. Segundo eles, no entanto, há duas semanas há crescimento de novos óbitos e, mesmo consolidada a queda da incidência, podemos esperar um aumento de mortes por ainda uma a duas semanas. A temporária imunidade provocada pela nova onda de infecções, aliada à proteção da vacina e volta do maior uso de máscaras, podem ter colaborado para esse resultado. Mas, se voltarmos precocemente a relaxar nos cuidados, poderemos viver novas ondas de subvariantes da ômicron. “É urgente intensificar a vigilância genômica do vírus. Mais duradouro o contágio, maior evolução viral”, afirmam.

Panorama no estado: Minas Gerais iniciou a semana (segunda-feira, 20/06) com tendência de estabilidade da média móvel de novos casos. Na última semana epidemiológica (12 a 18/06/2022), a taxa de incidência diária semanal (novos casos por dia por 100.000 habitantes na semana) se elevou em 5 das 14 regiões, uma semana antes isso ocorreu em 11. O menor valor foi o da região Nordeste (0,9) e o maior o da Jequitinhonha (52,6). Para o estado o indicador foi de 28,9 para 19,5.

Situação epidêmica da covid-19 em Minas Gerais (tendência da média móvel de 7 dias – mm7d – em 20/06) = Novos casos: estabilidade, a mm7d ficou em 4.718 (semana anterior = 6.457). Crescimento em 5 regiões (Centro, Leste Sul, Nordeste, Norte e Vale do Aço), estabilidade em 3 (Noroeste, Oeste e Sudeste) e queda em 6 (Centro Sul, Jequitinhonha, Leste, Sul, Triângulo Norte e Triângulo Sul). Desde 15 de junho foi interrompida uma sequência de 43 dias de crescimento do indicador. Novas internações: continuam sem atualização pela SES-MG. Novos óbitos: crescimento, com mm7d em 19,6 (semana anterior = 22,6). Crescimento (crescimento percentual da mm7d) ou aumento (mm7d positiva e a de 14 dias antes igual a zero) em 9 das 14 regiões. Crescimento em 4: Leste, Sul, Triângulo Norte e Triângulo Sul. Aumento em 5: Centro Sul, Noroeste, Oeste, Sudeste e Vale do Aço. Queda em 2: Centro e Norte. Sem registro de ocorrência em 3: Jequitinhonha, Leste Sul e Nordeste.

Situação epidêmica no Sul de Minas Gerais  (tendência da média móvel de 7 dias – mm7d – em 20/06) =  Novos casos: queda em todas as regionais de saúde, com mm7d de 1.059 (semana anterior = 2.190) na região. Desde 15 de junho foi interrompida uma sequência de mês e meio de crescimento do indicador. Novas internações: sem atualização pela SES-MG. Novos óbitos: crescimento, devido ao crescimento nas regionais de Passos, Pouso Alegre e Varginha e aumento na de Alfenas. A mm7d foi de 6,4 (semana anterior = 6,3).

Situação nos 10 municípios mais populosos do Sul de Minas Gerais (tendência da média móvel de 7 dias – mm7d – em 20/06) = Novos casos: apenas Alfenas apresentou crescimento; Itajubá estabilidade e queda nos demais municípios. Novas internações: sem atualização pela SES-MG. Novos óbitos: crescimento em Itajubá; aumento em Poços de Caldas e Varginha; queda em Lavras. Os outros seis municípios não registraram óbitos na semana de 14 a 20 de junho passado.

Municípios com campus da UNIFAL-MG = Na última semana epidemiológica, Poços de Caldas apresentou a maior taxa de incidência diária na semana, com 37,2 novos casos por 100.000 habitantes (semana anterior = 59,4), seguida de Varginha com 28,6 (semana anterior = 51,7) e Alfenas com 26,6 (semana anterior = 40,9). Houve diminuição do indicador nos três municípios.

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