Behavorismo

Teoria Behaviorista

O behaviorismo de B.F. Skinner, conhecido como behaviorismo radical, é uma abordagem que foca no estudo científico do comportamento humano, incluindo a linguagem, e rejeita a investigação de processos mentais internos. Skinner desenvolveu teorias sobre como a linguagem é adquirida e mantida através de princípios de condicionamento operante.

Segundo Skinner, a linguagem é aprendida por meio de um processo chamado “modelagem”. Ele propôs que o comportamento linguístico é moldado gradualmente por meio do reforço diferencial de aproximações sucessivas. Ou seja, as respostas linguísticas que se assemelham à forma final desejada são reforçadas, levando à aquisição e refinamento da linguagem.

Skinner também introduziu o conceito de “comportamento verbal”. Ele categorizou o comportamento verbal em três tipos:

 

  1. Comportamento verbal mand (pedido): Quando alguém emite uma fala com a intenção de influenciar o comportamento de outra pessoa. Por exemplo, pedir água quando está com sede.

 

  1. Comportamento verbal tato (nomeação): Refere-se a associar palavras a estímulos do ambiente. Por exemplo, ao ver um gato e dizer “gato”.

 

  1. Comportamento verbal intraverbal (conversação): Envolve responder verbalmente a estímulos verbais anteriores, mesmo quando não há uma correspondência direta entre a pergunta e a resposta. Por exemplo, completar uma rima em uma canção.

As teorias de Skinner sobre linguagem e comportamento verbal têm sido influentes em várias áreas, incluindo a terapia comportamental e a análise do comportamento aplicado, onde os princípios comportamentais são utilizados para ensinar habilidades linguísticas a indivíduos com transtornos do espectro autista e outras condições.

É importante notar que as ideias de Skinner geraram debates e críticas, e a abordagem behaviorista radical não é amplamente aceita por todos os psicólogos e linguistas. Muitos acreditam que a linguagem envolve processos cognitivos e sociais mais complexos do que os propostos pela abordagem behaviorista.

 

Referência:

Skinner, B. F. (1957). Verbal Behavior. Copley Publishing Group.