Ampliando o repertório em tempos de quarentena: dica de livro
O que você está fazendo para passar o tempo nessa quarentena??
A série “Ampliando o Repertório em tempos de Quarentena” do PET Letras tem como objetivo proporcionar entretenimento e conhecimento de qualidade para você nesses dias de home office. E hoje vamos conhecer um pouco mais sobre o livro A Casa dos Espíritos da escritora Isabel Allende.
Isabel Allende nasceu no Peru, mas ainda criança foi para o Chile, onde veio a se tornar jornalista. Antes de começar com os romances, escreveu contos infantis e textos para o público feminino na revista Paula. No momento em que escreve a sua primeira obra literária, vive na Venezuela, lugar escolhido como exílio após ter sido colocada na lista negra pelo regime militar de Augusto Pinochet, após o fim trágico do governo de seu tio e ex-presidente socialista do Chile, Salvador Allende, morto no momento do golpe militar chileno, em 1973.
O seu primeiro romance a consagra na literatura latino-americana devido ao sucesso que fez, pouco depois de sua publicação. Hoje a obra está na 34ª edição no Brasil, tendo sido adaptada para o cinema em coprodução entre Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca e Portugal, dirigido por Bille August em 1993. O livro também recebeu tradução em diversos países do continente americano e europeu e foi publicado também no Japão e China. A escrita jornalística e a forma de comunicação de Allende influenciam no perfil de seu primeiro livro, assim como nos demais.
A obra La Casa dos Espíritus é um romance “fantástico” e narra a história do Chile do início do século XX (data imprecisa, por volta de 1910) até o início da ditadura militar chilena em 1973, a partir do olhar de mulheres de quatro gerações da família del Valle-Trueba: Nívea, Rosa, Clara, Blanca, Alba. Duas figuras são centrais para encadear a narrativa das quatro mulheres –a avó e a neta – Clara Trueba e Alba Trueba, respectivamente. Por meio do diário de sua falecida avó clarividente, Alba Trueba reconta a história de sua família começando pela lembrança da família Del Valle e de Nívea, sua bisavó. As memórias de Clara Del Valle remetem a seu casamento com Esteban Trueba – o patriarca tradicional que tenta dominar as figuras femininas – sua vida como Clara Trueba, o nascimento dos filhos – dentre eles, Blanca Trueba – e a vida de sua neta, Alba, remontando a várias fases da história do Chile.