Ampliando o repertório em tempos de quarentena: dica de música
O que você está fazendo para passar o tempo nessa quarentena?? A série “Ampliando o repertório em tempos de quarentena,” do PET Letras, tem como objetivo proporcionar entretenimento e conhecimento de qualidade para você nesses dias de home office. Para hoje, temos a sugestão da música “Pagu,” por autoria de Rita Lee e Zélia Duncan.
Patrícia Rehder Galvão, Pagu, foi poetisa, escritora, cartunista, jornalista e militante da política brasileira. Foi também a primeira presa política do Brasil. Destacava-se por ser uma “mulher rebelde,” que lutava por seus direitos.
Nesse sentido, Rita Lee, consagrada por sua irreverência e deboche, opõe-se à tradicional imagem da mulher na canção brasileira, ora pela postura assumida em palco, ora pelas letras das canções de seu repertório.
Com vistas a um maior reconhecimento pela luta de Pagu, Rita Lee interpreta, nessa canção, sonhos, lutas e conquitas do universo feminino e tudo que o rodeia: imagem da mulher; desconstrução de estereótipos femininos; masculinidade tóxica; erotização excessiva da figura feminina, entre outros temas de relevância.
Atualmente, o Brasil lidera no ranking de assassinato de transexuais e fica em quinto lugar em relação aos feminicídios. Já parou para pensar, por exemplo, que o homem-homossexual-efeminado, na maior parte das vezes, é motivo de “chacota,” desprezo e até mesmo morte, uma vez que são associados à figura feminina? Daí decorre uma noção de “inferioridade” e/ou “fragilidade.” Então, o que é ser “mulherzinha” para você? Divirta-se com as letras de Rita Lee e Zélia Duncan.
💡Fonte:
http://www.ileel.ufu.br/anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/1560.pdf
http://especiais.correiobraziliense.com.br/brasil-lidera-ranking-mundial-de-assassinatos-de-transexuais