Ampliando o repertório em tempos de quarentena: dica de filme

O que você está fazendo para passar o tempo nessa quarentena?

A série “Ampliando o repertório em tempos de quarentena”, do PET Letras, tem como objetivo proporcionar entretenimento e conhecimento de qualidade para vocês nesses dias de home office.

A dica de hoje é o filme Elisa y Marcela, disponível na Netflix.

O filme baseado em fatos reais, conta a história do único casamento religioso homoafetivo realizado pela Igreja. Em 1901, duas professoras se casaram. Elisa e Marcela se conheceram no colégio e iniciaram uma bela amizade, que se transformou numa paixão. A amizade ia além do socialmente aceitável para o pai de Marcela, que resolve mandar a filha para Madrid com a desculpa de que lá ela teria uma formação melhor do que na Galícia. O reencontro das duas acontece tempos depois quando ambas já lecionavam em pequenas aldeias da Galícia, resultando em Elisa se mudando para onde Marcela morava, e a partir de então concordaram que nunca mais iriam se separar.

Com o passar do tempo, as pessoas começaram a perceber a relação das duas, e então surgiram ataques e perseguições, para tentar evitá-los, Elisa decide assumir uma nova identidade, se passando por homem para conseguir ficar junto de sua amada, e assim, finalmente se casam. Quando a população percebe que as duas estavam mentindo, Marcela engravida, para tentar acabar com as especulações sobre seu cônjuge. Porém as duas acabam sendo descobertas e acabam presas em Portugal, onde Marcela dá a luz na prisão. As duas, preocupadas com o sofrimento e perseguição que a criança passaria, decidem doá-la para uma boa família, e tentam seguir juntas, lutando para vencer todas as barreiras que as impediam de viver esse amor avassalador.

A história teve grande repercussão mundialmente, sendo um exemplo de amor, coragem, confiança e luta, contribuindo para a conquista dos direitos LGBTQ+.
O casamento na Espanha entre pessoas do mesmo sexo foi liberado somente em 2005, mas Elisa e Marcela marcaram a história provando mais uma vez que amor é amor, independente de classe, raça ou gênero.